(1º parágrafo)Na aurora dos anos sessenta, Julio Cortázar anunciou o fim da leitura e o desaparecimento dos leitores, num mundo de tal forma saturado de escrita que os livros deixam de ser palavras que circulam: são só objetos que entulham o espaço.(2ºparágrafo)É verdade que as leituras, ou ainda, as não leituras de alguns nunca contribuíram tanto para que outros escrevessem: discursos de jornalistas, pedagogos ou políticos prescrevendo como salvar o que ainda pode ser salvo; discursos de historiadores, sociólogos e semiólogos analisando o que se lê, de que forma se lê ou não se lê, para compreender como se chegou a esse ponto. E mesmo quando procuram se distanciar de seu objeto, os trabalhos científicos sobre a leitura fazem parte dos universos que estudam. Quaisquer que sejam seus temas, métodos e conclusões, tais trabalhos constituem a maior prova de que o gesto de ler, indissociável do ingresso na modernidade cultural, perdeu sua transparente evidência.(3º parágrafo) Hoje, as grandes esperanças ligadas a uma divisão igualitária do ler parecem decepcionantes e os debates públicos soam como uma queixa unânime (“não se lê mais!”), denunciando uma moléstia social inaceitável que atinge tanto os grevistas iletrados e as crianças que fracassam na escola como os dirigentes de empresas das nossas sociedades técnicas.*****RESPONDA*****Que tipo de argumentação alicerça o segundo parágrafo do texto? *
a) Argumentos extraídos do consenso: todos afirmam que a leitura no mundo moderno está em crise.
Enumeração de diversos exemplos de discursos sobre leitura motivados exatamente pela falta de leitores.
b) Argumentos de causa e consequência: o excesso de críticos da leitura anula o prazer de ler.
c) Argumento de ressalva: embora os críticos da leitura testemunhem o fim dessa atividade no mundo moderno, os escritores continuam produzindo textos.
d) Argumento baseado no raciocínio dedutivo: a leitura perdeu sua finalidade (despertar o prazer de ler), portanto, os leitores desapareceram.
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Resposta:
Enumeração de diversos exemplos de discursos sobre leitura motivados exatamente pela falta de leitores.
Explicação:
confia no pai
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