14 - Na perspectiva de Sócrates, podemos afirmar:
a) Os átomos são a essência do homem.
b) O homem é exclusivamente matéria.
c) O homem tem a alma como essência.
d) O homem não tem essência.
e) A linguagem é a essência do homem.
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O que é o homem para Sócrates
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Sabe-se pelas ciências naturais, mesmo que de forma não conclusiva, que o homem é um animal que resulta de um processo evolutivo de milhares de anos. Mas será que o homem pode ser definido conceitualmente? Parece uma questão irrespondível em forma acabada. Da filosofia antiga à contemporânea, o homem sempre foi um assunto discutível. Ou seja, constitui um problema não resolvido. “Que é esse sujeito a quem denominamos pessoa?” O que se buscará aqui, no entanto, é um retornar às origens desta forma de problematizar o homem. Há, portanto, a necessidade de retornar a Sócrates.
“Sócrates pode ser considerado o iniciador do humanismo ocidental”.De fato, segundo afirma Marías: “A principal preocupação de Sócrates é o homem” Mas, o que é homem para Sócrates? Para tanto, faz-se necessário, desde o início, assinalar a importância do princípio délfico: “conhece-te a ti mesmo”.
A areté (virtude) é a perspectiva a partir da qual se busca definir o homem. A virtude é o impulso à ciência, a conhecer-se a si mesmo. Este princípio introduz a noção de reflexividade e crítica. Disso resulta que “o homem mau o é por ignorância; aquele que não segue o bem é porque não o conhece, por isso a virtude pode ser ensinada, e o necessário é que cada qual conheça a sua areté”.
Enquanto os pré-socráticos estavam preocupados com a natureza das coisas, Sócrates estava preocupado com o que é a natureza do homem ou o que é a essência do homem. Para esta questão tem-se a resposta: a alma é a essência do homem. Mas, o que é a alma? Por alma pode-se entender o desejo de saber no qual reside a constituição ética do indivíduo. Em outros termos, a alma é a consciência de si como personalidade intelectual e moral.
Dando a questão como problema de conhecimento, a pergunta tomará o rumo do que é conhecer-se. Pois, “segundo Sócrates, o sujeito humano é o centro de toda a inquisição, como esta se reduz a uma única ingente questão – conhecer o bem” Contudo, o que é o bem? Não se trata de uma questão simples. Existe a crença em uma essência natural. A natureza, portanto, define o que é a essência. E o problema continua sendo o conhecer real desta essência. “A racionalidade era parte constitutiva dessa essência, daí que o racional fosse a essência do bem. A identificação entre natureza, racionalidade e bondade fecha o círculo do ser”.
Retornemos ao início, ou seja, ao o que o homem deve conhecer. Deve conhecer sua natureza? Sim. Mas, qual é sua natureza? Trata-se, como já dissemos, de conhecer a areté. O problema reside no conhecimento; porém, no conhecimento de si, que se dá no cuidado.
Sócrates é na Apologia um instrumento que incita os jovens a se conhecerem, a se ocuparem de si. Sócrates não tem por missão ensinar a verdade que é o homem, mas ensinar aos homens a se ocuparem do seu conhecimento, a porem-se em busca de seu “si mesmo”.
Assim a pergunta o que é homem?, não se pode responder que é seu corpo, mas sim que é aquilo que se serve do corpo. Mas o que se serve do corpo é a psique, a alma (a inteligência) de modo que a conclusão é inevitável: a alma nos ordena a conhecer aquele que nos adverte: conhece-te a ti mesmo.
Conclusão
O que é o homem para Sócrates? Alguém que deve ter areté. A areté (virtude) é o impulso a se conhecer. O conhecimento se dá no cuidado de si, por meio do conhecimento de si. Sócrates sempre mostrou aos seus interlocutores que o mais importante era ocupar-se de si; pois, o homem é alguém que deve conhecer-se.