1. Vocês conseguiram compreender as características dos processos artísticos coletivos e colaborativos teatrais?
2. Nesses processos, a função dos profissionais se modifica? Comente.
3. Como o uso das tecnologias e recursos digitais mudou o modo de acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos? Justifique?
4. De que maneira podemos acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos de modo reflexivo, ético e responsável?
5. É prática comum, antes do início de um espetáculo teatral, os responsáveis avisarem se o espetáculo pode ser fotografado ou filmado. Porém, muitas pessoas desobedecem esse aviso, registrando e publicando cenas em redes sociais. Qual é sua opinião sobre o fato? Quais soluções você indicaria para resolver esse problema?
Texto: Asdrúbal Trouxe o Trombone – Um projeto artístico de criação coletiva O grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone foi criado no Rio de Janeiro, em 1974, com a liderança de Hamilton Vaz Pereira e a participação de Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães, Evandro Mesquita e Patrícia Travassos, entre outros. Asdrúbal Trouxe o Trombone colocou em evidência, na história do teatro brasileiro, o processo de criação coletiva, no que se refere à concepção cênica, aos figurinos, à interpretação e à dramaturgia. O grupo tinha a singularidade de não se sentir como um grupo de “atores” que fazia teatro, e sim que fazia “Asdrúbal”. Essa marca poética parece ter sido o modo encontrado pelo grupo para preservar certa diferença de outros grupos importantes da época e de atores que faziam em cena o que era oferecido no mercado como oportunidade profissional. Um trabalho que marcou a carreira do grupo – e que, à época, trouxe um frescor à linguagem teatral – foi a criação coletiva “Trate-me leão (1977)”, uma sequência de cenas curtas sobre problemas da adolescência e da juventude. O tema de Trate-me leão é o tédio; onde ninguém tem objetivo na vida, há um sentimento de abandono, de não saber como continuar. A gênese da estrutura narrativa de “Trate-me leão” é a vivência pessoal dos integrantes do grupo. O texto ia sendo escrito em casa pelos atores, por meio da pesquisa com pessoas do prédio, da família, gerando cenas e diálogos que traziam para o palco a própria vida. Durante nove meses de criação, Hamilton Vaz Pereira, em um trabalho de colaboração entre os participantes, fez o esboço de cenas, identificando núcleos temáticos no material apresentado pelo grupo. Ao mesmo tempo, a criação de cenas emergia de improvisações e jogos coletivos que permitiam a invenção expressiva dos participantes do grupo. Esse processo de criação fazia o trabalho do Asdrúbal ser ancorado na criação coletiva, tanto na construção da narrativa textual como na composição das personagens, com base no repertório pessoal expressivo dos participantes durante as improvisações. Podemos dizer, então, que a criação coletiva do Asdrúbal era um processo criativo teatral que tinha como características: a presença da expressão de todos os integrantes do grupo; a “grupalidade”, como possibilidade de se reunir para falar de si e ouvir o outro; os pedaços da própria história de vida e a vontade de experimentar com o grupo outras possibilidades de cena e de vida; a experimentação da linguagem teatral por meio do improviso como processo de trabalho; e a necessidade de trazer para o palco a própria vida. Esse processo de criação coletiva resultava em uma encenação que deixava transparecer um jeito próprio de representar de cada um, que era descoberto durante as improvisações e os ensaios, assim como, durante a encenação, cenas inéditas poderiam aparecer no “aqui-agora” do palco, formando uma autoria coletiva. Ou seja, em vez de seguir procedimentos tradicionais calcados sobre o fator segurança (texto decorado, marcação prematura, especialização de tarefas), o Asdrúbal, em seu processo de criação coletiva, arriscava adentrar o terreno dos lapsos, das falhas, do inesperado que revela aspectos desconhecidos durante os improvisos. A construção estética teatral dos espetáculos do Asdrúbal era feita do aproveitamento de materiais. A iluminação era caseira e precária, os cenários grafitados e os figurinos, com indumentária das roupas de rua. Os atores traziam ao palco interpretações que mostravam a espontaneidade dos intérpretes, dando ação a uma dramaturgia escrita com base nos trechos de diários, na narração de casos de família, na recitação da poesia do amigo, na cena da briga de namoro, nas trilhas sonoras roqueiras de contestação à família e ao teatro comercial. O teatro de grupo dos anos 1970, portanto, era feito do e no trabalho coletivo. No final dessa década, já estava claro que a criação coletiva não era um movimento nem um estilo de época, mas um método de trabalho marcado pelo mesmo dinamismo que caracterizava o modo de fazer teatro contemporâneo no que hoje é chamado de “processos colaborativos”.
Soluções para a tarefa
1. As características dos processos artísticas coletivas e colaborativos são de criações que prezavam pela improvisação.
A partir disso, não se apegavam com modo tradicional de fazer teatro, como com texto decorado, especialização de tarefas).
2. A função de cada profissional vai mudando, pois cada pessoa não tem uma tarefa específica, vai se transformando conforme a necessidade do grupo.
3. Sim, a tecnologia mudou a forma como as pessoas acessam e produzem repertórios artísticos.
Atualmente, uma obra pode ser produzida e acessada por meio do computador e celular. Um artista pode gravar sua cena em casa, em seguida, passar o que foi produzido no teatro, e assim por diante.
4. A arte pode ser acessada de forma responsável por sites institucionais que têm os direitos daquela obra.
Vale lembrar que não podemos compartilhar uma obra sem autorização, mesmo que a internet seja gratuita, por exemplo.
5. É muito desrespeitoso tirar fotos ou filmar dentro do teatro sem autorização. As soluções para esses casos seria avisar a pessoa da regra, e em seguida, falar que as fotos e vídeos serão disponibilizados no site da companhia.
Abraços!
1- Eles queriam algo que fosse parecido com a vida das pessoas e prezavam pela improvisação
2- Sim, como eles gostam de improvisar, algumas tarefas são mais necessárias que outras, fazendo com que os papéis mudem .
3- Sim, com as tecnologias podem se fazer “teatros” (filmes) que contenham efeitos especiais, além de fazer com que suas obras chegam a mais pessoas.
4-Acessando os sites OFICIAIS das produções, evitando pirataria, etc;
5- Isso é um desrespeito, pois foi avisado que não podia e mesmo assim a pessoa fez, uma maneira de resolver isso seria entregar um pacote para as pessoas colocarem os seus celulares na frente de um segurança, e os pacotes só desse para abrir rasgando, no final do evento o segurança abria os pacotes e entregava o celular para a pessoa.
Tenha bons estudos :)