1) (SM) Sobre a produção açucareira no Brasil colonial, a historiadora Vera Ferlini afirma:
Em suma, a organização fundiária colonial estava estreitamente ligada às determinações mais gerais da política metropolitana. A atividade agrícola não constituía, para o colono, favor de acumulação de capitais, mais de riquezas, no sentido de resultar na ampliação do fundo de terras e de escravos. O nobre negócio do açúcar, sob a tutela do Estado, dele recebia, como favor, as condições de realização e reprodução. A exploração, grande compromisso entre a Coroa, os comerciantes e a classe proprietária colonial, não era uma exterioridade, imposta pela metrópole, mas presença totalizante, a fazer da terra a base de superlucros realizáveis no mercado externo e fonte de perpetuação do poder interno.
FERLINI, Vera. Terra, trabalho e poder: o mundo dos engenhos no Nordeste colonial. Bauru: Edusc, 2003. p.285.
Considerando o texto acima, podemos concluir que:
a) A organização da exploração fundiária estava de acordo com uma política de distribuição de terras e redução sistemática de escravizados.
b) A exploração de terras e escravizados era condição essencial para a manutenção do poder dos senhores de engenho e para a acumulação de riquezas por partes dos comerciantes e da Coroa portuguesa.
c) A produção de cana-de-açúcar era submetida ao controle estatal, sendo os comerciantes e os proprietários coloniais reduzidos a meros serviçais do Estado português.
d) Não havia um projeto sistêmico de exploração de terras e de escravizados na América portuguesa, já que o Estado português era incapaz de organizar essa produção, que ficou a cargo exclusivamente da iniciativa privada.
e) Apenas os senhores de engenho é que lucravam com a exploração das terras e dos escravizados na América portuguesa, pois a Coroa e os comerciantes ficavam com fatias menores dos lucros desse negócio.
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Eu iria de letra "B" - A exploração de terras e escravizados era condição essencial para a manutenção do poder dos senhores de engenho e para a acumulação de riquezas por partes dos comerciantes e da Coroa portuguesa.
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