Português, perguntado por Ulaaa, 3 meses atrás

1. Qual é o tema principal deste conto?
2. Quais são os personagens e seus conflitos?
3. Onde se passa a história?
4. Por que falamos que o texto é um conto?
5. Há marcas da oralidade? Quais?
6. Você sentiu dificuldade para entender a linguagem?
7. Há termos desconhecidos?
8. É possível descrever o local onde se passam os acontecimentos a partir do conto? Descreva.
9. O que foi possível aprender sobre a cultura africana nessa narrativa?

Anexos:

Soluções para a tarefa

Respondido por ryangustavo0
2

Resposta:

tá primeiro tenho que saber qual é o conto


ryangustavo0: fdu
Ulaaa: . As meninas saltavam idades e destinavam as ancas para as danças. O meu rabo nunca foi louvado por olhar de macho. Minhas nádegas enviuvavam de acento em acento, em acento circunflexo.
Ulaaa: Chega-me ainda a voz de meu velho pai como se ele estivesse vivo. Era essa voz que fazia Deus existir. Que me ordenava que ficasse feia, desviçosa a vida inteira. Eu acreditava que nada era mais antigo que meu pai. Sempre ceguei em obediência, enxotando tentações que piripiri lampejavam a minha meninice. Obedeci mesmo quando ele ordenou:
- Vá lá fora e pegue fogo nesse vestido!
ryangustavo0: pera manin
Ulaaa: Eu fui ao pátio com a prenda que meu tio secretamente me havia oferecido. Não cumpri. Guiaram--me os mandos do diabo e, numa cova, ocultei esse enfeitiçado enfeite.
Lancei, sim, fogo sobre mim mesma. Meus irmãos acorreram, já eu dançava entre labaredas, acarinhada pelas quenturas do enfim. E não eram chamas. Eram as mãos escaldantes do homem que veio tarde, tão tarde que as luzes do baile já haviam esmorecido.
Ulaaa: É essa voz que ainda paira, ordenando a minha vez de existir. Ou de comer. E escuto a sua ordem para que a vida me ceda a vez. E pergunto: posso agora, meu pai, agora que eu já tenho mais ruga que pregas tem esse vestido, posso agora me embelezar de vaidades? Fico à espera de sua autorização, enquanto vou ao pátio desenterrar o vestido do baile que não houve. E visto-me com ele, me resplandeço ante o espelho, rodopio para enfunar a roupa.
Ulaaa: Uma diáfana música me embala pelos corredores da casa. Agora, estou sentada, olhando a saia rodada, a saia amarfanhosa, amarrotada. E parece que me sento sobre a minha própria vida.
Ulaaa: O calor faz parar o mundo. E me faz encalhar no eterno sofá da sala enquanto a minha mão vai alisando o vestido em vagarosa despedida. Em gesto arrastado como se o meu braço atravessasse outra vez a mesa da família. E me solto do vestido. Atravesso o quintal em direção à fogueira. Algum homem me visse, a lágrima tombando com o vestido sobre as chamas: meu coração, depois de tudo, ainda teimava?
Ulaaa: (Mia Couto, O Fio das Missanga)
Ulaaa: ESSE AI É O CONTO.
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