História, perguntado por joaovitorancora, 1 ano atrás

1- Qual a importância do francês Jean-Baptiste Debret e do alemão Johann Morite Rugendas para a contagem da história do Brasil?

Soluções para a tarefa

Respondido por igorhvs
6
← Lord Cochrane: o Lobo do MarCachoeira →Debret e Rugendas pintam o Brasil 

É possível retratar a realidade de uma nação inteira através da pintura? É viável capturar a essência de um povo em uma tela? Esses são desafios encarados pelo francês Jean-Baptiste Debret e o alemão Johann Moritz Rugendas, que vieram ao Brasil por motivos distintos e acabaram se tornando ícones da pintura da época.

Família brasileira no Rio de Janeiro, 1820-1830. DEBRET

A época é o início do século XIX, e o Brasil luta para se tornar um país independente. No campo da arte, uma batalha também é travada – contra a visão superficial que há do Brasil no resto do mundo. Os artistas que retratavam o nosso país até então se limitavam a registrar fielmente a paisagem, as espécies animais e vegetais, falhando em se aprofundarem na vida das pessoas que aqui viviam. A imagem do Brasil na Europa era a de um novo mundo exótico, com plantas e animais exóticos, mas sabemos que a nossa terra é muito mais do que isso.

Mas enfim, o que há de tão especial na maneira que Debret pintou o Brasil? A sua sensibilidade ao representar a formação da nação brasileira. O francês vai além de simplesmente retratar as belezas  naturais de um país exótico para o desfrute dos europeus – ele capta o cotidiano, os costumes e a cultura dos brasileiros. Ele usa a sua arte, de estética impecável, como meio para imortalizar, como uma enciclopédia, a realidade do período.

Capitão do mato, 1823. RUGENDAS.

E quanto ao alemão, Rugendas? Quando comparado a Debret, ele se assemelha em um ponto e se distancia em outro: assim como o francês, Rugendas tinha uma preferência em retratar cenas do cotidiano; em oposição, o alemão não se prende à otimização estética. Rugendas defende a impossibilidade de retratar tudo aquilo que via e sentia com fidelidade. Admitia que era inviável a ele, um estrangeiro, representar, com propriedade, a realidade de um país totalmente exótico e novo. Portanto, o pintor alemão se desprende da estética perfeita do neoclassicismo para buscar algo que cause uma sensação que faça jus ao conteúdo. Rugendas conclui que converter a realidade brasileira em impressão não é possível.

Quem pode culpar o alemão? Quão plausível é retratar a realidade de um povo? É possível obter-se um resultado satisfatório? De qualquer jeito, pelo menos parcialmente, Debret e Rugendas foram felizes em retratar o Brasil do 

Perguntas interessantes