1) O enfraquecimento das lavouras tradicionais de cana-de-açúcar, algodão e tabaco na região Nordeste estimulou a expansão da cafeicultura na região Sudeste. Explique como se deu essa expansão e quais regiões do Estado de São Paulo participaram deste ciclo.
2) Aponte quais grupos sociais podem ser relacionados com o ciclo do café e comente os tipos de relações estabelecidas nas diferentes fases desse ciclo.
3) Explique o papel da ferrovia no desenvolvimento do ciclo do café, em especial no Estado de São Paulo.
4) Relacione o tripé Café, Ferrovias e Crescimento Populacional, e elabore um breve comentário com as suas percepções.
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Soluções para a tarefa
1. O sudeste atualmente é a região mais desenvolvida economicamente do país, e isso se deu principalmente, após o relevante ciclo do café, haja vista que a economia cafeeira foi a base para o acúmulo de capitais e desenvolvimento da infraestrutura local.
2. Os grupos sociais relacionados com tal ciclo são os fazendeiros, bem como a mão de obra que era realizada a princípio por escravos.
3. A malha ferroviária foi determinante para a estruturação econômica, política e social do estado de São Paulo, inaugurando um comércio regional que garantiu maior acúmulo de capitais.
4. Por intermédio do maior comércio que as ferrovias proporcionaram, maior crescimento populacional foi observado nas vilas que foram desenvolvidas ao redor das vias rodoviárias.
1) A expansão da cafeicultura na região Sudoeste ocorreu logo depois do Período Imperial, que concentrou o eixo econômico do país na região Sudeste. Influenciada pelo declínio dos ciclos mencionados, essa expansão se deu a partir da segunda metade do século XIX e reajustou a economia regional e nacional.
A colonização no estado de São Paulo, baseado na monocultura do café e latifúndio, além do trabalho escravo, obteve novas características. A concentração da economia do ciclo do café teve início no Vale do Paraíba (por causa das ótimas condições climáticas e solo propício) e, mais tarde, se alastrou para o interior do estado (sertão).
A produção de café se tornou o principal elemento da economia nacional e levou a uma estruturação completa no estado de São Paulo, pois organizou os âmbitos políticos, econômicos e sociais.
Até hoje, o Sudeste do país, área do eixo São Paulo-Rio de Janeiro, é o principal centro econômico do país.
2) Os grupos sociais que podem ser relacionados com o ciclo do café são: fazendeiros, escravos e imigrantes europeus.
Em um período, o ciclo cafeeiro passou por uma grave carência de mão de obra.
Somente a partir de 1870, foi encontrada uma solução. A chegada dos imigrantes europeus salvou as lavouras, já que eles passaram a trabalhar recebendo salários pagos pelos fazendeiros.
Por consequência da lenta abolição da escravatura no país, a mão de obra aplicada na maior parte do ciclo do café foi a mão de obra escrava.
A abolição da escravatura em 1888 alterou as relações de trabalho nas fazendas de São Paulo, mesmo não acabando com as significativas diferenças sociais entre pessoas brancas e negras. No entanto, a abolição gerou forte crise nas regiões primárias de cultivo de café, como no Vale da Paraíba.
3) O papel das ferrovias no desenvolvimento do ciclo cafeeiro era realizar a saída dos grãos de café para o porto de Santos, cidade do litoral de São Paulo. Houve, na época, diversas construções de ferrovias com esse objetivo.
Além disso, a malha ferroviária foi muito importante para uma estruturação nos âmbitos políticos, econômicos e sociais do Brasil, uma vez que proporcionou a inauguração de comércios regionais que garantiam um acúmulo maior de capital.
4) O tripé formado pelo café, pelas ferrovias e pelo crescimento populacional, possui enorme interligação, uma vez que uma coisa levou a outra.
Necessitando realizar um melhor escoamento do café para outras regiões, foram construídas várias ferrovias que facilitavam esse processo.
Com isso, teve início um significativo crescimento populacional ao redor das ferrovias, uma vez que, por causa delas, era possível criar variados pontos de comércio. Além disso, com a abolição da escravidão em 1888, a demanda de mão de obra aumentou de maneira exponencial, o que atraía trabalhadores de outros estados e a migração de pessoas de outros países.
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