1)
Leia o trecho a seguir:
"A rememoração pessoal situa-se na encruzilhada das malhas de solidariedades múltiplas dentro das quais estamos engajados, nada escapa à trama sincrônica da existência social atual, e é da combinação destes diversos elementos que pode emergir esta forma que chamamos de lembrança, porque a traduzimos em uma linguagem. [...] Somos arrastados em múltiplas direções, como se a lembrança fosse um ponto de referência que nos permitisse situar em meio à variação contínua dos quadros sociais e da experiência coletiva histórica".
(HALBWACHS, Maurice. A memória Coletiva. São Paulo: Centauro. 2004, p. 14)
Sobre o conceito de memória para pensar as questões relacionadas às referências regionais, analise se as afirmativas a seguir são (V) verdadeiras ou (F) falsas:
( ) A produção histórica enquanto reflexão sobre o passado aproxima essa ciência da concepção de memória. A memória, assim como a história, não apresenta o passado tal como ele aconteceu, as lembranças do sujeito que lembra estão permeadas de suas vivências posteriores ao acontecimento rememorado.
( ) A construção/desconstrução das identidades individuais e coletivas encontra-se intimamente relacionada à memória. O indivíduo que lembra reconhece as disparidades e/ou semelhanças entre o "eu" e o "outro", e essa percepção gera reconhecimento e sentimento de pertencimento, ou o seu oposto, a não identificação com o grupo.
( ) Há elementos tanto culturais, históricos e da memória que marcam nossa identidade regional, quanto conjuntamente, há elementos da cultura e da memória para o território nacional.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Alternativas:
a)
V – V – V
b)
F – F – V
c)
V – F – F
d)
V – F – V
e)
F – V – F
2)
Observe, a seguir, a letra da canção " O Menino da Porteira":
"Toda vez que eu viajava pela Estrada de Ouro Fino / De longe eu avistava a figura de um menino / Que corria abrir a porteira e depois vinha me pedindo / Toque o berrante seu moço que é pra eu ficar ouvindo / Quando a boiada passava e a poeira ia baixando / eu jogava uma moeda e ele saía pulando / Obrigado boiadeiro, que Deus vá lhe acompanhando / pra aquele sertão à fora meu berrante ia tocando / Nos caminhos desta vida muitos espinhos eu encontrei / mas nenhum calou mais fundo do que isso que eu passei / Na minha viagem de volta qualquer coisa eu cismei / Vendo a porteira fechada o menino não avistei / Apeei do meu cavalo e no ranchinho a beira chão / Ví uma mulher chorando, quis saber qual a razão / - Boiadeiro veio tarde, veja a cruz no estradão / Quem matou o meu menino foi um boi sem coração / Lá pras bandas de Ouro Fino levando gado selvagem / quando passo na porteira até vejo a sua imagem / O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem / Daquele rosto trigueiro desejando-me boa viagem / A cruzinha no estradão do pensamento não sai / Eu já fiz um juramento que não esqueço jamais / Nem que o meu gado estoure, e eu precise ir atrás / Neste pedaço de chão berrante eu não toco mais."
(Compositores: Luiz Raymundo / Teddy Vieira De Azevedo. Disponível em: http://www.letrasdemusicas.fm/tonico-e-tinoco/o-menino-da-porteira Acesso em: 26/07/2018.)
Nesta composição o eu lírico está recontando, através de suas lembranças e de sua memória, uma das histórias de sua vida, repleta de simbolismo e de tradição cultural, com representações sociais, articulando lembranças e cultura. Considerando as representações sociais, podemos afirmar que:
Alternativas:
a)
As representações sociais são os comportamentos apreendidos ao longo das gerações e portanto, aparecem na canção através do relato da viagem do compositor.
b)
As representações sociais são esquecidas e deixadas de lado nesta canção, aqui o mais importante é a memória e a descrição sobre um período que já não existe mais.
c)
A canção estabelece relação entre fatos históricos e culturais que só poderiam ser compreendidos por pessoas que vivem no interior do país.
d)
A canção estabelece vínculos entre a memória do compositor com representações culturais e principalmente sociais das pessoas que vivem no interior do país. Ao percorrer os caminhos da memória do compositor, envolvemo-nos em um trabalho de reconhecimento e reconstrução com imagens mentais e ideias que nos permitem caracterizar e interpretar acontecimentos e pessoas.
e)
O compositor inventa uma narrativa com base em fatos que não viveu, só ouviu falar, somente para representar uma história e que não corresponde, necessariamente, à realidade.
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
a resposta e a letra c
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