Geografia, perguntado por financeiro9320, 6 meses atrás

1. Leia atentamente o texto sobre a Ilha de calor e responda às questões propostas a seguir:
Ilhas de calor
Um ambiente urbano, como a cidade de São Paulo, é uma área muito heterogênea e apresenta diversos
elementos que podem influenciar a formação das ilhas de calor, o que tem impacto direto na temperatura local.
Em comparação a regiões com menos construções, habitantes e veículos, grandes centros urbanos, geralmente,
apresentam temperaturas mais elevadas.
A grande questão das ilhas de calor não está relacionada somente ao aquecimento de construções e à intensa
circulação diária de pessoas e veículos. O problema reside no fato de que a estrutura das cidades não permite a
circulação de ar. [...]
Edmilson [de Freitas, professor do Departamento de Ciências Atmosféricas do Instituto de Astronomia,
Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG­USP)] explica que “esse aquecimento gera movimentação de ar que
permite a recirculação. Resultado: os poluentes que podem estar sendo emitidos naquela região são levados
para cima, depois retornam e continuam em um lugar que já tem emissão”. Dessa forma, quanto mais se
afasta do centro, maior a influência do vento que traz o ar frio para dentro da cidade e leva o quente para
outras regiões. [...]
As áreas mais próximas às bordas, normalmente, apresentam temperaturas mais baixas, em relação
àquelas que estão bem no centro. [...] Mesmo dentro da mesma cidade é possível perceber diferenças de
temperatura. [...]
Conforto térmico
Diversas pesquisas são feitas com o intuito de encontrar maneiras de diminuir a temperatura dos centros
urbanos e, consequentemente, aumentar o número de áreas que oferecem maior conforto térmico à população.
[...]
Por conta dessas dificuldades, a outra solução encontrada foi aumentar as áreas arborizadas. O professor,
afirma que plantar 25% a mais de árvores pela cidade seria o suficiente para diminuir a temperatura em
2,5 a 3 graus.
[...].
CIPRIANO, Carolina Ana. Ilhas de calor influenciam temperaturas das cidades e níveis de conforto térmico. Agência Universitária de Notícias –USP (AUN­USP). 11 jun. 2018.
Disponível em: .
Acesso em: 11 jul. 2019.
a. Quais são os elementos responsáveis pela formação das ilhas de calor?
b. Por que as pesquisas estão preocupadas com o conforto térmico nas áreas urbanas? Como o conforto térmico
está relacionado às Ilhas de calor? Justifique sua resposta.
ppppffffffff alguem me ajuda

Soluções para a tarefa

Respondido por driellebarbosabenici
3

Resposta:

Essa foi minha resposta!

Explicação:

O crescimento das cidades, do número de habitantes, dos veículos em circulação e dos variados tipos de construções são alguns dos fatores que contribuem com a mudança de regimes de chuvas, temperatura média de uma localidade e aumento dos níveis de poluição. Tendo como base esses elementos, o professor Edmilson de Freitas, do Departamento de Ciências Atmosféricas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG-USP), vem desenvolvendo ao longo dos anos diversos projetos de pesquisas que buscam entender as interações nos grandes centros urbanos, usando como ponto de partida a formação de ilhas de calor.

Um ambiente urbano, como a cidade de São Paulo, é uma área muito heterogênea e apresenta diversos elementos que podem influenciar a formação das ilhas de calor, o que tem impacto direto na temperatura local. Em comparação a regiões com menos construções, habitantes e veículos, grandes centros urbanos, geralmente, apresentam temperaturas mais elevadas.

Isso porque durante o dia todo, as edificações recebem radiação solar que é refletida nas mais diversas direções. Com isso, as construções armazenam energia recebida pela radiação e vão, aos poucos, soltando-a em forma de calor. Por isso, à noite, é possível sentir paredes e calçadas ainda quentes.

A grande questão das ilhas de calor não está relacionada somente ao aquecimento de construções e da intensa circulação diária de pessoas e veículos. O problema reside no fato de que a estrutura das cidades não permite a circulação de ar.

Edmilson explica que “esse aquecimento gera movimentação de ar que permite a recirculação. Resultado: os poluentes que podem estar sendo emitidos naquela região são levados para cima, depois retornam e continuam em um lugar que já tem emissão.” Dessa forma, quanto mais se afasta do centro, maior a influência do vento que traz o ar frio para dentro da cidade e leva o quente para outras regiões.

As áreas mais próximas às bordas, normalmente, apresentam temperaturas mais baixas, em relação aquelas que estão bem no centro. (Imagem: Edmilson de Freitas)

Mesmo dentro da mesma cidade é possível perceber diferenças de temperatura. O professor explica que existem bairros de São Paulo muito mais quentes do que outros, devido à estrutura. Em alguns locais, não há circulação de ar e nem troca de calor, sendo que onde há muitas barreiras, o ar frio que vem do oceano não consegue penetrar.

Essas observações são baseadas em diversos parâmetros e um deles é conhecido como fator de visão do céu, feito com auxílio de uma lente olho de peixe instalada em uma câmera fotográfica. O professor afirma que com ele é possível determinar quanto de radiação chega a um certo ponto. “O quanto se vê do céu, significa o quanto de radiação está chegando naquele lugar. Então, quanto mais se vê, maior a incidência de radiação solar”, explica. Levando em conta esse modelo, é possível concluir que em um lugar onde há alta visibilidade do céu, a radiação solar recebida será maior, mas o aprisionamento do calor e a reflexão serão menores.

A primeira imagem é um exemplo de grande visibilidade do céu e a temperatura nesse local pode ser mais baixa. A última foto mostra uma região com muitos prédios, portanto a temperatura tende a ser mais alta. (Imagens: Morais e Macedo)

Conforto térmico

As pesquisas também investigam como as diversas ocupações urbanas causam efeitos diferentes nas pessoas. Uma das alunas de doutorado envolvida no projeto analisou quatro regiões diferentes da cidade de São Paulo e percebeu que em cada uma o conforto térmico varia e que isso pode estar ligado à área vegetada.

Diversas pesquisas são feitas com o intuito de encontrar maneiras de diminuir a temperatura dos centros urbanos e, consequentemente, aumentar o número de áreas que oferecem maior conforto térmico à população. Edmilson relembra que há algum tempo existia a ideia de implantar telhados brancos. “A superfície branca reflete radiação que bate em um ponto, volta para o espaço e não aquece tanto. Mas, as superfícies não são lisas e a reflexão não vai ser como a de um espelho, ela vai refletir para todos os lados”, afirma. “Então, a radiação vai atingir pessoas, o que acaba sendo um problema de saúde sério.” O pesquisador explica também que essa seria uma solução inviável, pela impossibilidade de se manter os telhados brancos por muito tempo sem a necessidade de retocar a pintura, devido à grande quantidade de poluentes.

Por conta dessas dificuldades, a outra solução encontrada foi aumentar as áreas arborizadas. O professor afirma que plantar 25% a mais de árvores pela cidade seria o suficiente para diminuir a temperatura em 2,5 a 3 graus, o mesmo efeito gerado pela implantação de telhados brancos.

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