1-Formação e organização do mercosul e suas características.
2-quais os aspectos sociais do Haiti e suas relações com as catástrofes naturais.
Soluções para a tarefa
R-1 = Mercosul ou Mercado Comum do Sul é um bloco econômico que surgiu em 1991 e foi criado por países da América do Sul. Os países que iniciaram o bloco foram: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Posteriormente, outros ingressaram, sendo um deles a Venezuela, em 2012.
O principal objetivo do Mercosul é garantir que haja uma integração política, econômica e social entre os países membros, fortalecimento do vínculo entre os cidadãos do bloco, bem como melhoria da qualidade de vida de seus participantes. Ele integra os países da América do Sul, mas existem aqueles que não fazem parte do continente (Egito e Israel), mas mantém relações com o Mercosul. Dentro deste tratado os países são classificados em observadores, associados e plenos.Objetivos do Mercosul
O bloco tem como objetivos:
⇒ Integração dos países, economicamente, além de também integrar seus habitantes a transitar de forma mais fácil entre os países vizinhos;
⇒ Adoção da Tarifa Externa Comum (TEC);
⇒ Coordenação de políticas macroeconômicas;
⇒ Livre comércio de serviços, ou seja, passagem de mercadorias, exportação e importação entre os países;
⇒ Livre circulação de mão-de-obra;
⇒ Livre circulação de capitais.
R-2 = O Haiti volta a ser manchete nos maiores jornais do mundo por conta de um novo desastre natural que assola o país. Em 2010, o catastrófico terremoto deixou mais de 200.000 mortos, desalojou em torno de 2 milhões de pessoas (segundo os dados mais recentes, 80.000 continuam em abrigos provisórios) e destruiu boa parte da infraestrutura urbana. Dessa vez, embora seja cedo para dizer ao certo quais serão os resultados da maior tempestade tropical a atingir o Haiti em 50 anos, algumas estimativas já indicam que em torno de 1 milhão de pessoas foram afetadas, incluindo aproximadamente 1000 mortos, feridos, grandes alagamentos, deslizamentos de terra, desmoronamento de casas e assolamento de plantações. A destruição, no entanto, coloca a possibilidade de outros desdobramentos em evidência: as prováveis respostas da “comunidade internacional” e a já anunciada postergação das eleições presidenciais. A semelhança com o episódio de 2010 permite estimar que o acontecimento poderá servir, de um lado, para o fortalecimento do sistema de ajuda internacional por meio de ONGs em detrimento do Estado haitiano e, de outro, permitir a continuidade da (Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti) Minustah. O Haiti é conhecido como a “República Mundial das ONGs”: segundo o ex-presidente dos EUA e então enviado especial da ONU para o Haiti em 2010, Bill Clinton, o país possui a segunda maior concentração de ONGs per capita do mundo, perdendo apenas para a Índia. Com a miséria extrema e a baixa oferta de serviços públicos, essas organizações são as principais responsáveis por prover ações que vão desde a formação escolar até cuidados médicos e alimentação da população mais pobre. A alcunha de “Estado falido” também vem a reforçar essa dinâmica. As frequentes acusações de corrupção e de má gestão e funcionamento do Estado haitiano acabam por legitimar a prática da ação direta de ONGs e do financiamento exclusivo a elas. Após o terremoto, estima-se que somente 1% de toda a ajuda internacional para assistência emergencial tenha ido para as instâncias do governo e as próprias ONGs haitianas recebido cerca de 0,4% dessa quantia. A ajuda, no caso do Haiti, tem como principal característica o fato de ser altamente internacionalizada e desregulada. A baixa capacidade do Estado haitiano em atuar na reconstrução acaba por ser inversamente proporcional ao grau de atuação das ONGs, agências internacionais e doadores. Nas operações de paz, devido à presença de inúmeros atores como as ONGs internacionais, o que predomina são as prioridades dos doadores em relação às prioridades da população local, de modo que essa dinâmica acaba por colocar estas organizações como elementos centrais na estrutura de poder dentro da sociedade haitiana (LESSARD, 2010). De fato, contrariamente ao que defende o mito da intervenção humanitária – que atribui causas estritamente domésticas a problemas nacionais –, com o desastre dos últimos dias, uma das principais questões colocadas é a possibilidade do aprofundamento dessa dependência, que é suprida pelo financiamento internacional, principalmente dos EUA. Na realidade, de acordo com oBanco Mundial, o orçamento do Estado haitiano chegou a ser composto em 90% pela ajuda estrangeira. Devido a essa enorme dependência, muitas vezes o envio ou o congelamento de recursos serviu como alavanca de pressão com relação os rumos a serem tomados pelos diferentes governos haitianos desde os anos 90 (DEPUY, 2005).