Sociologia, perguntado por paulinho234112, 1 ano atrás

1) De que forma a escravidão no Brasil influenciou (ou ainda influencia) o mundo do trabalho?

2) Sobre o Toyotismo, explique; As origens, o contexto, onde e quando surgiu, as características e finalidades (pq, foi criado e para atender a que objetivos)?
3) A sociedade do trabalho está no fim? Discorrer sobre a flexibilização; o trabalho intermitente; o fim da estabilidade no emprego; Quais os motivos centrais dessas mudanças?

4) O colonato; Foi um sistema de trabalho adotado no Brasil no final do século XIX e início do XX. Explique o pq e como funcionava.

5) Discorra sobre as estratégias utilizadas pelos trabalhadores para promover as mudanças no mundo do trabalho brasileiro do século XIX e início do século XX, a exemplo do mutualismo, anarquismo, socialismo e comunismo.

6) Discorrer sobre a precarização do trabalho no Brasil, iniciada nos governos Collor e FHC.

Soluções para a tarefa

Respondido por Arthwr
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1 - No mundo do trabalho, a escravidão fez com que o trabalho se tornasse uma atividade inferior dentro da sociedade da época. O trabalho braçal era visto como algo destinado ao negro. O preconceito racial e os interesses dos grandes proprietários permitiam a preservação do sistema escravista. Apesar do fim da escravidão, a abolição não foi acompanhada por nenhuma ação no sentido de integrar o negro à sociedade brasileira.

2 - Toyotismo é um modelo de produção industrial que visa o princípio da acumulação flexível, evitando principalmente os desperdícios ao longo do processo. O Toyotismo surgiu no Japão e foi inicialmente implantado nas fábricas de automóveis da Toyota Motors, criado após o término da Segunda Guerra Mundial. Algumas de suas principais características são: Implantação de pesquisas de mercado para adaptar os produtos às exigências do público consumidor; Sistema flexível de mecanização, ou seja, não há desperdícios ou muitos produtos armazenados em estoques; Funcionários qualificados e multifuncionais, treinados para atuarem em várias etapas diferentes do processo de produção.

3 - A centralidade do trabalho é um tema caro às Ciências Sociais desde a década de 1980, era um fato dizer que o fim da sociedade do trabalho viria a tona a partir da ideia da perda de centralidade do trabalho como elemento estruturante das relações sociais. Quando se fala de crise da sociedade do trabalho, é absolutamente necessário qualificar a dimensão do que se está tratando: se é uma crise da sociedade de trabalho abstrato ou se trata da crise do trabalho em sua dimensão concreta. Já se falarmos que a crise gira em torno da primeira dimensão, podemos negar que sociedade contemporânea move-se pela lógica da capital e ignoramos a presença do trabalho abstrato, fetichizado e alienado na vida dos indivíduos, por isso ainda estamos vivendo em uma sociedade de trabalho (mais precisamente como zumbis rsrs) .

4 - O colonato é e funcionava em uma forma de organização econômica e social rural na qual o trabalhador arrenda uma porção de terra sob condição de destinar parte de sua produção como pagamento ao proprietário. Ao longo da história, temos vários exemplos do emprego do regime de colonato, quase sempre ligados a uma crise ou escassez de mão de obra escrava. Traduz a vinda dos japoneses e migradores de outras regiões que de uma forma ou outra, ajudou a construir a economia das refeições mais ricas do Brasil.

5 - O trabalho livre e assalariado ganhou espaço após a abolição da escravidão no Brasil em 1988 e com a vinda dos imigrantes europeus para o País. Mas as condições impostas eram ruins, gerando no País as primeiras discussões sobre leis trabalhistas. A política trabalhista brasileira toma forma após a Revolução de 30, quando Getúlio Vargas crio o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. A Constituição de 1934 foi a primeira a tratar de Direito do Trabalho no Brasil, assegurando a liberdade sindical, salário mínimo, jornada de oito horas, repouso semanal, férias anuais remuneradas, proteção do trabalho feminino e infantil e isonomia salarial.

6 - Collor herdou problemas de infrações do regime militar, a infração muito alta tornava o trabalho escasso e desvalorizados. Os planos de Collor tentaram erguer os trabalhadores, mas a infração era tamanha que tornou o mercado de trabalho instável. FHC transformou a antiga URV na moeda hoje conhecida como REAL, o real estabilizou a economia e tornou possível a integração da população ao mercado de trabalho. Tendo em vista que restringiu alguns direitos básicos dos empregados, limitou a ação sindical e proporcionou mais liberdade e autonomia às empresas quanto a resolução de conflitos ou tomada de decisões que causassem impactos na gestão das relações trabalhistas entre patrões e empregados. Logo a Portaria 865 proibiu a autuação de empresas ao desrespeitar às convenções e acordos coletivos. Esta medida visava conceder mais liberdade as empresas quanto a gestão de práticas econômicas onerosas provenientes de decisões realizadas em convenções ou acordos coletivos de trabalho. Desta forma, esta Portaria impedia os fiscais do Ministério do Trabalho de aplicar multas as empresas, sendo, portanto, apenas permitido registrarem a ocorrência da ilegalidade. Este procedimento prejudicou bastante os trabalhadores, pois a maioria dos direitos ou benefícios obtidos nos acordos e convenções coletivas não eram cumpridas pelas empresas. Mas com a grande importação de produtos, foi possível retomar a mão de obra brasileira.

meio grandinho...

paulinho234112: Muito obrigado!!!
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