Filosofia, perguntado por alanjosia11, 9 meses atrás

1. De acordo com o referido fragmento e considerando a totalidade do pensamento de Friedrich Nietzsche, podemos afirmar que a alternativa INCORRETA é:
a) A disposição de afastar-se da aparência, da mudança, do vir a ser, do desejo, conduz o humano à vontade de nada, uma renúncia da vida que se configura como causa do niilismo.
b) Uma das adversárias de Nietzsche é a moral da compaixão, pois nela se intensifica a decadência, a miséria e sua conservação. Sob a afirmação de “Deus” ou do “além”, como aquilo que genuinamente definiria a verdadeira vida, a moral da compaixão oculta o “nada”.
c) Uma das expressões mais conhecidas de Nietzsche, com a qual o autor inicia suas análises sobre o niilismo, é o fragmento dedicado à morte de Deus. No aforismo de A Gaia Ciência, a morte de Deus conduz-nos ao diagnóstico da ausência de justificações absolutas e de orientações para o alcance do sentido da vida.
d) A elaboração nietzschiana sobre o niilismo é a oportunidade em que o filósofo reconcilia-se com Immanuel Kant, julgando-o como aquela honrosa exceção que, em pleno século XVIII, salvaguardou o pensamento alemão dos ataques da metafísica. Na opinião de Nietzsche, o imperativo categórico é o antídoto ao niilismo.

Soluções para a tarefa

Respondido por alicekstro
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Resposta:

1. resposta correta: d) A elaboração nietzschiana sobre o niilismo é a oportunidade em que o filósofo reconcilia-se com Immanuel Kant, julgando-o como aquela honrosa exceção que, em pleno século XVIII, salvaguardou o pensamento alemão dos ataques da metafísica. Na opinião de Nietzsche, o imperativo categórico é o antídoto ao niilismo.

2. resposta correta: b) no ressentimento.

Explicação:

1. a única alternativa que NÃO condiz com o pensamento Nietzschiano é a ideia de conciliação entra a filosofia de Kant e Nietzsche. Nietzsche aponta o Iluminismo, e dentro do iluminismo o pensamento kantiano, como sintoma da decadência da cultura europeia. Assim o imperativo categórico representa o próprio niilismo negador das pulsões vitais dos seres humanos.

2. para o filósofo a moral surgiu da vontade fraca e da covardia do ser humano, que não aceitam as condições que a existência os concedeu. E por isso, por ressentimento, voltam-se contra a própria existência.


alanjosia11: obrigado está certo
joaoamoras25: tá certinho, e a explicação é boa tbm kk
Respondido por elamambretti
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Eis o fragmento: "Precisamente nisso enxerguei o grande perigo para a humanidade, sua mais sublime sedução e tentação – a quê? ao nada? –; precisamente nisso enxerguei o começo do fim, o ponto morto, o cansaço que olha para trás, a vontade que se volta contra a vida, a última doença anunciando-se terna e melancólica: eu compreendi a moral da compaixão, cada vez mais se alastrando, capturando e tornando doentes até mesmo os filósofos, como o mais inquietante sintoma dessa nossa inquietante cultura europeia; como o seu caminho sinuoso em direção a um novo budismo? a um budismo europeu? a um – niilismo?..." NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral: uma polêmica.

Considerando a totalidade do pensamento de Friedrich Nietzsche, podemos afirmar que a alternativa INCORRETA é:

d) A elaboração nietzschiana sobre o niilismo é a oportunidade em que o filósofo reconcilia-se com Immanuel Kant, julgando-o como aquela honrosa exceção que, em pleno século XVIII, salvaguardou o pensamento alemão dos ataques da metafísica. Na opinião de Nietzsche, o imperativo categórico é o antídoto ao niilismo.

Nietzsche concebe a filosofia de Kant como falsa e se  esforça por difamar a moral kantiana contida em sua filosofia transcendental, vinculando-a a uma motivação teológica.

Na visão de Nietzsche, o imperativo categórico é propulsor de um niilismo, que marca os valores do Ocidente e que deveriam ser superados, promovendo a destruição dos arquétipos que lhe deram origem.

A superação disto daria vazão à possibilidade de inserção de novos valores para os homens, valores humanos, voltados  para a satisfação humana, sem a altivez e a uniformidade da ciência da moral tal  como tradicionalmente concebida por Kant..

Bons estudos!

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