ENEM, perguntado por nsi23, 6 meses atrás



1 - Contato promíscuo com a natureza: nunca a humanidade exerceu tanta pressão sobre os

ambientes naturais como atualmente, agora, combinando costumes locais com economia global.

Animais que portam vírus, bactérias e fungos e que são imunes a eles estão em contato muito

próximo com humanos. Alguns servem de alimento para eles, como a civeta, os morcegos e o

pangolim na China e nas Filipinas. Calcula-se que cerca de um milhão de exemplares de

pangolim sejam retirados de seus ambientes para servirem de caro petisco nos países do

extremo oriente. Daí ser ele a espécie mais ameaçada de extinção do mundo. A esta altura, os

ambientes naturais deveriam ser protegidos das ações humanas destruidoras, mas isto não

acontecerá, e novas epidemias/pandemias migrarão deles para os ambientes humanos. As

origens do vírus ainda não estão devidamente esclarecidas. Como na Peste Negra e na Gripe

Espanhola, busca-se um bode expiatório. Os Estados Unidos atribuem à China a

responsabilidade de deixar escapar um vírus de laboratório. Indo mais adiante na caracterização

do culpado, a China teria liberado o vírus para que ele provocasse uma grande depressão na

economia e ele ganhasse dinheiro no fornecimento de produtos básicos de saúde, como

equipamentos de proteção individual e respiradores. Tudo indica, porém, que o vírus tenha vindo

da natureza.

2 - Grandes concentrações humanas. A contaminação de algumas pessoas favorece a

contaminação de muitas pelas grandes aglomerações humanas. Tudo indica que a atual

pandemia do novo Coronavírus começou numa feira livre de Wuhan, centro industrial da China

com cerca de 10 milhões de habitantes.

3 - Comunicações velozes. As doenças contagiosas têm um período de incubação que pode

durar algum tempo para se manifestar. Numa viagem longa, as pessoas contaminadas podem

manifestar a doença ainda caminhando, montadas a cavalo ou viajando de navio. Agora, com os

velozes aviões, uma pessoa é contaminada na China e manifesta a doença na semana seguinte

nos Estados Unidos, contaminando várias pessoas que, por sua vez, contaminam outras, em

progressão geométrica.
4 - Pobreza: médicos têm aconselhado a auto quarentena para as pessoas contaminadas, mas

fica difícil o auto isolamento em comunidades pobres, onde o isolamento se torna praticamente

impossível. Basta ver o caso das favelas: casas encarapitadas e falta de saneamento básico.

5 - Economia: a economia de mercado, criada pelo ocidente e difundida por todo o planeta cria

condições favoráveis ao surgimento de doenças contagiosas e a sua expansão. Pelo menos a

indústria, o comércio e os serviços necessitam de concentrações humanas para a produção e o

consumo. Mas as concentrações favorecem a disseminação de doenças. A economia de

mercado vive um dilema: cria concentrações humanas que facilitam a eclosão e a propagação

de epidemias. Para combatê-las, as autoridades desaconselham ou proíbem as concentrações,

o que leva a profundas recessões econômicas. É ilustrativo notar que os epicentros da economia

capitalista mundial foram também os epicentros da pandemia. A China, a Europa Ocidental e os

Estados Unidos foram os três pólos. Mas devemos considerar que, nos países periféricos, os

epicentros econômicos também se constituíram no epicentro da virose, como é o caso de São

Paulo.

6 - Envelhecimento: a indústria farmacêutica tem auferido muitos lucros com medicamentos que

prolongam a vida das pessoas, mas não eliminam as fragilidades inerentes ao envelhecimento,

como doenças cardíacas e respiratórias tanto quanto a queda da imunidade. Assim, elas vivem

mais desde que no ambiente não estejam circulando organismos causadores de epidemias.

Observamos que o maior número de óbitos ocorre entre idosos, embora estejam ocorrendo

mortes entre jovens e adultos com menos de 50 anos. O vírus não hesita. Embora seja uma

partícula entre o não-vivo e o vivo, uma entidade sem qualquer laivo de consciência, ele sabe

muito bem como atuar, afetando o organismo humano da cabeça aos pés, e não apenas os

pulmões como inicialmente se pensava. Cientistas e médicos estão aprendendo a conhecer o

vírus, enquanto que este sabe o que fazer quando contamina alguém.

Com base no texto responda as questões solicitadas:

1) No texto, o autor apresenta 6 (seis) aspectos que precisam ser considerados para

compreender a relação entre a Pandemia de Covid-19 e a Globalização. Quais são estes

aspectos?

2) Segundo o autor, qual a relação entre a velocidade de comunicação ( aspecto da globalização)

e a proliferação da doença?

3) Para o autor, como as questões econômicas atuais, são afetadas pelo vírus?

4) Utilizando as reflexões apresentadas neste texto, explique quais as relações entre a

globalização e as pandemias?

Soluções para a tarefa

Respondido por estertayllany9
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Resposta:

letra b em duas de cada vez

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