XXXIXO mistério das cousas, onde está ele?Onde está ele que não aparece.Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?Que sabe o rio e que sabe a árvore?E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?Sempre que olho para as coisas e penso no que os homens pensam delas,Rio como um regato que soa fresco numa pedra.Porque o único sentido oculto das cousasÉ elas não terem sentido oculto nenhum,É mais estranho do que todas as estranhezasE do que os sonhos de todos os poetasE os pensamentos de todos os filósofos,Que as coisas sejam realmente o que parecem serE não haja nada que compreender.Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: —As cousas não têm significação: têm existência.As cousas são o único sentido oculto das cousas.(CAEIRO, Alberto. 0 guardador de rebanhos. In: PESSOA, Fernando. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1972. p. 223)1. Observe a organização gráfica do poema. Que aspectos o aproximam da prosa coloquial?2. Alberto Caeiro descreve o mundo sem refletir sobre ele, conseguindo criar um conceito de universo que não contém interpretação. Que visão de mundo ele apresenta?3. Que relação há entre sentir e pensar segundo o eu poético? Identifique o verso que ilustra a identificação entre o pensamento e as sensações.
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1- O fato de utilizar muitos palavreados como: "Sempre que olho para as coisas e penso no que os homens pensam delas, Rio como um regato que soa fresco numa pedra".
2- Ele apresenta um mundo onde há muitos mistérios, como o mistério dos rios, da água e fala ainda que ele não sabe de coisa alguma.
3-Para ele as coisas não tem sentido nenhum, quando ás observa ele percebe que as coisas não possuem sentido oculto nenhum.
Ele diz que o pensar também não pode ser compreendido. "As cousas não têm significação: têm existência.As cousas são o único sentido oculto das cousas".
2- Ele apresenta um mundo onde há muitos mistérios, como o mistério dos rios, da água e fala ainda que ele não sabe de coisa alguma.
3-Para ele as coisas não tem sentido nenhum, quando ás observa ele percebe que as coisas não possuem sentido oculto nenhum.
Ele diz que o pensar também não pode ser compreendido. "As cousas não têm significação: têm existência.As cousas são o único sentido oculto das cousas".
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