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6. Diferencie a idade media da idade antiga.
Soluções para a tarefa
Resposta:
"A punição divina à maldade dos homens parecia, no século XIV, a única explicação possível para a série de golpes devastadores sob os quais o mundo inteiro tremeu. (...) Os sábios colocavam a culpa da infecção no movimento dos planetas, na putrefação do ar pelos cadáveres, ou no contato com corpos ou roupas infectadas. Chegou-se a sugerir que o mero olhar de um doente era fatal. Os verdadeiros culpados, os ratos que infestavam a maioria das casas da época e cujas pulgas estavam contaminadas com a bactéria da peste, só seriam identificados muitos séculos depois."
História em Revista: A Era da Calamidade, p.8.
Ao se estudar o passado de diversas civilizações tem-se a possibilidade de resgatar sua política, sua economia, seus costumes e feitos. No que se refere aos costumes, essas civilizações deixam registros de como viviam em sociedade e como faziam para que essa forma de vida fosse mantida e perpetuada ao longo dos séculos.
Um dos costumes das civilizações antigas era o uso da água como forma de proporcionar melhores condições de vida tanto no âmbito público quanto no privado. No Egito antigo, por exemplo, tem-se a construção de barragens para evitar que as cheias do Rio Nilo prejudicassem as plantações e na Mesopotâmia, na Grécia e em Roma tem-se registro de casas com sistema de água canalizada e visitas às termas e aos banhos públicos, principalmente pelos romanos.
Os banhos em águas termais eram uma atividade comum na rotina dos citadinos. Nas Termas de Diocleciano cabiam até 3 mil pessoas que se encontravam para conversar no Frigidarium central. O banho romano possuía várias etapas: inicialmente tinha-se o banho turco (sauna a vapor com temperatura média, como ambientação preliminar do corpo ao calor); depois, o cidadão permanecia um período no Calidarium (sala grande, úmida e aquecida a grandes temperaturas) e, antes de passar para o Frigidarium (salão refrigerado, grande ponto central de reunião), ficava um certo tempo no Tepidarium (forno de temperatura morna), novamente ambientando o corpo para uma temperatura mais baixa e, como última etapa dava um mergulho na Natatio, piscina ao ar livre.
Nestes locais, além do banho podia-se fazer ginástica, freqüentar a biblioteca, as galerias de arte e os jardins. Havia também bares, barbeiros e espaços destinados à prática de esportes. Não se deve, portanto, acreditar que a população como um todo pudesse manter esses costumes. Eles eram mais fáceis aos ricos e poderosos da época.
Nos séculos posteriores à queda do Império Romano do Ocidente, na Idade Média, este costume não foi tão amplamente difundido, independente da classe social. As pessoas mantinham-se sem banho por anos a fio ou, quando muito, tomavam dois banhos por ano (o que era muito). As roupas que usavam também não eram lavadas com freqüência e era comum o aparecimento de doenças causadas pela falta de higiene. Se com o corpo não havia cuidados, com o espaço físico também não havia. Isso fazia com que as doenças se proliferassem mais rapidamente.
A mais séria doença surgida no Período Medieval foi a Peste Negra, facilmente disseminada devido às precárias condições de vida e higiene da sociedade feudal, resultando na morte de mais de um terço da população.
Era uma doença avassaladora e, após os primeiros sintomas - bulbos na região das axilas, virilha e no pescoço - a morte era certeira em até cinco dias. Muito fugiam para o campo na esperança de sobrevivência, mas, junto aos seus pertences ia também o transmissor responsável - o rato e suas pulgas. Desta forma campo e cidades se viram tomadas de uma terrível doença e, somente no século XVIII descobriu-se o que realmente a causava. Muitos já haviam morrido