Você também deve ter alguma palavra que aprendeu
na infância, achava que tinha um certo significado e
aquilo ficou impregnado na sua cabeça para sempre. Só
anos depois veio a descobrir que a palavra não era bem
aquela e nem significava aquilo. Um exemplo clássico é
a frase (que eu já comentei aqui) HOJE É DOMINGO, PÉ
DE CACHIMBO. Na verdade não é Pé de Cachimbo, mas
sim PEDE (do verbo pedir) cachimbo. Ou seja, pede paz,
tranquilidade, moleza, pede uma cervejinha. E a gente
sempre a imaginar um pé de cachimbo no quintal, todo
florido, com cachimbos pendurados, soltando fumaça.
E, assim, existem várias palavras.
Fonte: PRATA, Mário. O Amor de Tumitinha Era Pouco e se Acabou.
Disponível em http. Marioprataonline. Com. Br/obra/cronicas/o_
amor_de_tumitinha. Htm. Acesso em 30/1/2012 (fragmento).
O texto permite discutir como a criança participa da
identidade linguística de um país, ao representar com
humor como ela
a) tem dificuldade em perceber que os sentidos
das palavras permanecem os mesmos,
independentemente dos usos.
b) inventa palavras sem sentido, em situações
marcadas pelo predomínio do lúdico, como nas
brincadeiras de roda.
c) experimenta sentidos e formas compartilhados em
produções que ela herda da tradição cultural, como as
parlendas.
d) desrespeita as regras básicas da língua, organizando
e combinando as palavras em inesperadas construções
sintáticas.
e) explora a imaginação para pensar em situações
absurdas, em que as palavras percam a coerência e o
sentido
Soluções para a tarefa
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A resposta é letra E
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