Geografia, perguntado por duguinayp80tce, 10 meses atrás

Você já deve ter ouvido falar de Paulo Freire, mas talvez não o conheça da maneira como vamos tratá-lo neste semestre.

Paulo Freire (1921-1997) foi um educador brasileiro com reconhecimento internacional que acreditava na educação em moldes diferentes da educação tradicional. Ele acreditava que todos nós temos condições de aprender de maneira crítica sem sermos simplesmente depositários de conhecimentos que não possamos entender.

 

Essa educação na qual o aluno recebe o conhecimento pronto e vai acumulando sem conseguir digerir e ou fazer uma análise ele chama de educação bancária. Mas ele não faz simplesmente a crítica pela crítica, ele propõe uma nova educação que chama de libertadora. Por que educação libertadora? Educação Libertadora, pois ela é passível de crítica e está em construção constante, sem amarras e crenças pré-estabelecidas.

 

Em seu livro Pedagogia da autonomia ele nos diz o seguinte:

“Só, na verdade, quem pensa certo, mesmo que, às vezes, pensa errado, é quem pode ensinar a pensar certo. E uma das condições necessárias a pensar certo é não estarmos demasiado certos de nossas certezas. Por isso é que o pensar certo, ao lado sempre da pureza e necessariamente distante do puritanismo, rigorosamente ético e gerador de boniteza, que me parece inconciliável com a desvergonha da arrogância de quem se acha cheia ou cheio de si mesmo.

O professor que pensar certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo. Mas, histórico como nós, o nosso conhecimento do mundo tem historicidade. Ao ser produzido, o conhecimento novo supera outro antes que foi novo e se fez velho e se "dispõe" a ser ultrapassado por outro amanhã. Daí que seja tão fundamental conhecer o conhecimento existente quanto saber que estamos abertos e aptos à produção do conhecimento ainda não existente. Ensinar, aprender e pesquisar lidam com esses dois momentos do ciclo gnosiológico: o em que se ensina e se aprende o conhecimento já existente e o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente. A "dodiscência" - docência-discência - e a pesquisa, indicotomizáveis, são assim práticas requeridas por estes momentos do ciclo gnosiológico.” (FREIRE, Paulo.Pedagogia da autonomia. Livro digital, 2002, p. 14).

Ser professor é ter dúvidas, estudar, conhecer mais e ter novas dúvidas. É ter a humildade de saber que não se sabe tudo, mas que se pode aprender sempre mais.

 

Atividade:

Com base nos parágrafos acima, explique com suas palavras o trecho grifado do texto de Paulo Freire e conte uma situação que tenha acontecido com você na qual você achava que sabia do assunto e descobriu que na verdade sabia pouco.

Soluções para a tarefa

Respondido por tfigueiredo177p5nggz
7
me ajudem nao sei reponder essa
Respondido por thaynnaba
1

Olá!

No caso em questão podemos afirmar que Paulo Freira era contrario a forma de educação em que eram dados aos alunos fórmulas prontas que não possibilitassem a ele ter uma forma crítica de pensar a cerca de uma determinada situação.

Isso advém principalmente de muitos modelos educacionais dizerem aquilo que é certo ou errado, sem haver possibilidades além disso. Isso, para o autor, engessa a educação tendo em vista que dá a entender que apenas a ideia posta é a correta.

A educação libertadora, portanto, viria para sanar isso, tendo em vista que possibilitaria ao aluno um leque de opções e o pensar crítico sobre elas.

Espero ter ajudado!

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