Matemática, perguntado por Iahaushwijs, 1 ano atrás

voce considera importante o uso da matemática do desenvolvimento das tecnologias atuais? comente

Soluções para a tarefa

Respondido por ddvasc15
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JUSTIFICATIVA

Nos últimos anos têm aumentado consideravelmente os espaços de debate sobre o uso das novas tecnologias como ferramenta útil no processo ensino aprendizagem. Percebe-se ainda que nem sempre estas questões são devidamente amadurecidas no meio dos profissionais da educação, especialmente entre os professores das escolas públicas.

Na maioria das vezes, as tentativas de direcionar algumas ações são atropeladas nesse processo, seja pelo autoritarismo que freqüentemente se observa nos poderes públicos, seja pela falta de clareza dos objetivos, ou mesmo pela omissão de muitos dos seus atores.

Em meio a estas questões, o ensino de matemática no Brasil e no mundo enfrenta uma profunda crise, exigindo dos professores a reformulação de suas práticas, a redefinição das estratégias e a inclusão de novas ferramentas de ensino. Dessa forma, o uso de tecnologias tem se tornado um aliado importante nesse enfrentamento.

Esse processo de transição ocorre, em muitos casos, sem que seus agentes tenham a devida consciência do seu papel e da dimensão de responsabilidades. Uma situação que exige postura crítica e reflexiva sobre as seguintes questões: Os professores de matemática do ensino fundamental estão preparados para ensinar a disciplina usando as novas tecnologias como ferramenta? Como estão organizados no município os trabalhos de formação continuada e de apoio pedagógico no sentido de qualificar o uso de tecnologias no processo ensino/aprendizagem? Quais as concepções dos professores de matemática sobre o uso de tecnologias em sala de aula?

Para responder efetivamente a tais indagações torna-se indispensável, além de um compromisso histórico dos agentes envolvidos nesse processo, uma profunda análise da situação atual, clareza dos desafios a serem enfrentados e intervenções qualificadas, seguidas de avaliações permanentes dos passos e dos efeitos produzidos. Isto certamente não é tarefa para poucos.

É exatamente nesse contexto que situamos nosso trabalho de pesquisa. Partindo da experiência como profissional da educação, e percebendo os equívocos didáticos no uso de recursos tecnológicos, entendemos ser de considerável relevância um estudo do tema a partir de uma escola situada na zona rural. Para tanto, escolhemos a Escola Dr. José Henrique, vinculada à rede municipal de Escada, Estado de Pernambuco.

Esperamos que os resultados decorrentes desse trabalho possam contribuir tanto para a reflexão dos professores que vivem esta realidade no município de Escada, quanto para o conjunto de pesquisadores que, da mesma forma, mostram identificação com o estudo do tema.

2. A TECNOLOGIA COMO SÍMBOLO DA MODERNIDADE

De todos os temas que marcam a educação no início deste século certamente o avanço da tecnologia no atual mundo globalizado instiga uma atenção maior de todo e qualquer agente envolvido na trilha do conhecimento. O moderno mundo da eletrônica, das avançadas relações virtuais, do “cyberspace”[1] são novidades que rompem paradigmas e estabelecem o que se supõe uma evolução tecnológica – ou uma nova revolução – que pouco a pouco domina os mercados, as nações, as culturas e, conseqüentemente, as pessoas.

A velocidade com que se percebe essa expansão tecnológica gera posturas diferenciadas, percebidas na defesa incondicional de alguns, na negação extremada de outros e, obviamente, nas dúvidas de muitos sobre as conseqüências presentes e futuras dessa nova forma de comportamento.

O reflexo desse debate é perceptível no conjunto de obras literárias que já estabelecem um rico debate sobre os aspectos dessa nova perspectiva de desenvolvimento da humanidade. Sampaio & Leite (1999), afirmam que exatamente na tentativa de entender e interpretar o recente fenômeno, vários autores discutem, desde os anos 60, o caráter positivo ou nocivo das tecnologias e suas conseqüências[2].

Segundo Schwartz[3], essas transformações tecnológicas produzem desdobramentos históricos e sugerem, para além do processo de comunicação, “(...) novas relações sociais e processos econômicos (ou seja, de criação e acumulação de valor)” (2001)[4].

Os entusiasmados com tal processo de desenvolvimento muitas vezes rejeitam uma visão mais crítica diante desse fenômeno, submetem-se a uma postura de defesa inquestionável e se pautam por uma espécie de “tecnocentrismo” questionado por Seymour Papert[5] e que, geralmente, tende a inibir um debate com maior isenção.

Por outro lado, há também aqueles que se mostram céticos, relutantes em aceitar e absorver sequer os fatores positivos desses avanços tecnológicos. Em meio aos céticos e devotos, existem outras concepções que contribuem para o debate sobre o uso das novas tecnologias na contemporaneidade.

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