VOCÊ ACHA QUE O ESPORTE MIDIÁTICO PERDE SUA ESSÊNCIA?
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De acordo com isso, nos esportes, alguns preconceitos podem ser percebidos pelos sutis (muitas vezes ainda explícitos e grosseiros) atos preconceituosos, que aparecem em jogos que são transmitidas principalmente pela televisão, onde xingamentos e ofensas são utilizados entre os próprios atletas ou até mesmo através do público que assiste ao jogo nas arquibancadas. Esses esportes transmitidos pelos meios de comunicação são agregados de valores morais e significados sociais, e são transmitidos para todos os indivíduos que têm acesso aos meios de comunicação.
Sendo assim, valores e significados podem ser incorporados à percepção que os sujeitos já têm sobre os esportes, gerando mudanças de comportamento e dando novos significados às suas ações. Isso acontece por que, conforme Pires (2007, p.5):
Esta “preciosa colaboração” da mídia à formação de um estatuto ético no e através do esporte, dá a dimensão exata dos limites e, portanto, dos cuidados com que devemos exercitar nossas relações com a mídia esportiva. Antes de tudo, é preciso prestar atenção para a sobreposição, às vezes discreta, outras, ruidosa, das preferências pessoais, doutrinais ou ideológicas dos jornalistas à informação esportiva que veiculam. Neste sentido, para a formação de valores verdadeiramente humanistas e de cidadania, pouco ou nada ajudam as atitudes exageradamente nacionalistas/bairristas de torcedor com as quais alguns comunicadores esportivos envolvem e portanto contaminam, talvez até mesmo de forma inconsciente, o conhecimento que ajudam a produzir sobre o esporte.
Assim, algumas transformações vão acontecendo através da mídia, que está muito presente na sociedade, criando e modificando valores e significados, designando representações sociais que surgem a partir de suas necessidades específicas e alterando princípios existentes. Ela incorpora fatos sociais e articula novos significados à realidade, designando definições que são eficazes na constituição de uma “versão dominante” na cultura. Cultura que ainda vê as mulheres como fisicamente frágeis e delicadas e os homens fortes e capazes de enfrentar qualquer barreira, em que existem padrões e critérios para se tornar um atleta e praticar esportes, entre outras inúmeras diferenças. Portanto:
É a sociedade quem cria padrões de feminilidade e masculinidade que são considerados ‘normais’ ou ‘desviantes’. Os conteúdos atribuídos à oposição, masculino/feminino, não são decorrentes da dimensão biológica dos seres humanos, mas variam de cultura para cultura. Desta forma, considera-se que barreiras foram sendo criadas, e a elas associadas uma série de representações sexistas, fundadas na biologia dos corpos através dos argumentos cientificistas e alimentadas pela cultura.
Espero ter contribuído, bons estudos!