Você acha que a arte é algo elitista? Por quê?
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Resposta:
Muitos defendem que a arte dita “tradicional” opera com códigos elitistas e institucionalizados, onde o grande público ou a maior parte não consegue penetrar. Será? Não seria interessante pensar que a nossa sociedade em grande parte não tem interesse por esta arte? Que não somos alimentados simbolicamente para pensar que um museu é para todos?
Não existem grades imaginárias que nos impedem de conectar com a nossa história, porque é disso que trata um museu. Não seria mais legítimo pensar que somos nós mesmos que não nos interessamos por eles, ao invés de colocar a “culpa” em quem quer que seja?
Quando partimos para a arte contemporânea que opera com outros códigos que não o belo, o sublime e a contemplação, mas sim com a realidade nua e crua, a coisa piora. Na realidade supostamente temos todas as “ferramentas” necessárias para dialogar com este processo criativo que cria-se diante de nossos olhos diariamente de forma frenética e muitas vezes, vazia.
Para o filósofo e crítico de arte Arthur Danto, a partir da década de 1960 uma das possíveis questões que se coloca à Filosofia da Arte é a “necessidade de impedir que a arte entre em colapso sobre a realidade”, desta forma “limitando-se a esta por inteiro.”
As engrenagens que a contemporaneidade criou obrigam-nos a ir a exposições apenas por ir, cumprindo um código de etiqueta hipster: vim, vi e fui visto. Mas realmente viu o que? Percebeu o que? Até que ponto a arte produzida hoje tem alguma preocupação com o espectador? Este artista de hoje além de “fazer coisas giras” tem algum comprometimento mesmo que inconsciente com o público? Em muitos casos, tenho a impressão que não, e aí é que mora o elitismo. Quando algo ou alguém obriga-nos a agir de certa forma para, neste caso, ter uma experiência estética, não estamos mais a falar de contemplação, mas de corresponder a um status social.
Será que se não alinhares com o elitismo conceptual que opera em algumas galerias e museus, onde se não fizeres parte do circuito do amigo do amigo do artista que colocou pássaros dentro de uma gaiola vermelha em uma árvore de plástico, ou não olhares para esta “obra” com a mão no queixo e com ar blasé, não fazes parte daquele mundo?
Tenho a dizer que se não entende essa ou aquela obra, você não é um herege ou alguém que não percebe nada de arte. Você simplesmente não reconhece ali algo que o leve para além da realidade – e, cá entre nós, muitos já estamos cansados de tanta realidade. Não há nada de errado com isso. Nem em adorar, nem em odiar ou tão pouco em “não perceber”. Toda a arte tem uma função, mesmo que seja apenas uma função estética e de levar a humanidade para além da sua própria materialidade.
Dependendo da arte, ela pode ser elitista, pois representa a população mais nobre da sociedade.
O que são belas artes?
A utilidade na obra de arte tem a ver com o tipo de técnica produzida e se há algum interesse em produzi-la, por exemplo, ao expor uma pintura em um museu.
Quanto mais a arte é produzida para o capital, mais ela representa a classe da elite e da burguesia. Com isso, uma arte movida pelo dinheiro pode se tornar uma artimanha em prol da indústria cultural.
O conceito de belo está ligado aos sentimentos que aquela arte propõe ao seu espectador, criando e revelando emoções subjetivas e interpretações variadas a cada pessoa.
Saiba mais sobre as artes em: https://brainly.com.br/tarefa/20990598
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