Vocabulário da América (indigenas) e da África?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Apesar do avanço dos estudos de historiadores e antropólogos sobre as
“nações” ou “etnias” africanas transplantas pelo tráfico para a América,
há poucos documentos sobre as línguas faladas pela população deportada. É de forma indireta, pelas produções dos afrodescendentes em forma
de dança, rituais, música e tradição oral, ou por meio de documentos,
como processos criminais e narrativas dos viajantes, que se apreendem
fragmentos da linguagem dos escravos. Diante da diversidade de línguas
em contato, a questão principal que se coloca para o linguista é: como
os povos e as línguas africanas interagiram com as línguas indígenas e
as dos colonizadores no continente latino-americano? Este texto focaliza aspectos relevantes para uma reflexão sobre o destino das línguas
africanas na América Latina, enquanto línguas em uso e em contato
com os vernáculos dos países latino-americanos. Busca-se reavaliar as
hipóteses de continuidade e descontinuidade das línguas africanas na
América Latina.
Palavras-chave: contato de línguas, línguas africanas, América Latina,
crioulização
In spite of historical and anthropological studies on the African “nations”
or ethnic groups that the slave traffic transplanted to the Americas, there
are few documents about the languages spoken by the deported population. Fragments of the slaves’ languages have been indirectly learned,
through forms of dance, rituals, music, oral traditions, criminal files and
travellers’ diaries. Considering the diversity of languages in contact, the
main question that confronts the linguist is: how did the African peoples
and their languages interact with the indigenous peoples and European
colonizers in the Latin American continent? This paper focuses some
aspects that are relevant for a reflection on the destination of African
languages in Latin America, as languages in use and in contact with
Latin American vernaculars. We intend to reevaluate the hypotheses of
continuity and discontinuity of African Languages in Latin America.
Key words: language contact, African Languages, Latin America,
creolization
A presença de línguas africanas na América Latina / M. Petter 79
0. Introdução
Além de partilharem o uso de uma língua derivada do latim,
os países que constituem a América Latina1
vivenciaram um
processo semelhante de conquista e colonização e foram o destino
principal de milhões de africanos, retirados da África entre 1500 e
1850. Estima-se que a América espanhola tenha recebido cerca de
um milhão de escravos e o Brasil por volta de 3,5 milhões, ou 38%
dos escravos trazidos para o Novo Mundo. A forte presença de população afrodescendente levou alguns estudiosos a referirem-se aos
povos latino-americanos como “afro-latino-americanos”. Convém, no
entanto, notar que é diversificada a constituição étnica desses países.
Há sociedades predominantemente negras, como a de alguns países
do Caribe: Haiti, República Dominicana; países com significativa
proporção de afrodescendentes: Brasil, Cuba, Colômbia e nações com
importantes minorias negras: Venezuela, Peru e Uruguai.
Para entender como se deu o contato das línguas africanas com as
línguas faladas na América Latina deve-se começar pela identificação
dos povos e línguas transplantados da África.
1. Povos e línguas transplantados
Embora se conheça a origem geográfica dos africanos escravizados –África
subsaariana, da Costa da Guiné até a região centro-sul–, não se dispõe de
informações precisas sobre os povos, etnias ou línguas transplantados.
No entanto, dados da toponímia e as referências às etnias dos escravos
colaboram para a identificação. No caso das etnias, essas precisam ser
cuidadosamente analisadas pelos especialistas, pois as próprias referências
que serviam para identificar os grupos variavam de acordo com o tempo
e o espaço. Quando os escravos já estavam na América e se solicitava
que identificassem sua “nação”, estes frequentemente faziam referência
a um lugar, a uma aldeia. Tal atitude não significava, porém, que estes
indivíduos não possuíssem laços e identidades mais amplas, ou que, ao
invés, fossem homens que vivessem isolados. De fato, o isolamento entre
os povos envolvidos no tráfico no Atlântico era um fenômeno raro. Por
outro lado, as inúmeras designações que aparecem para se referir a uma
variedade de populações ao longo de 400 anos de tráfico pelo Atlântico
Explicação: BONS ESTUDOS!!! DEIXA O OBRIGADO
Resposta: America (indigena)
vocabulario: siona e espanhol
religiao: xamanismo
culinaria: beiju,pimenta,peixe,minguall,e outros
dança: kuarup e toré
arte: artesanato
musica: kuano kango via cresusis kame karare
medicina: kuapura africano NÃO SEI!!!!!!!!!!!!!
Explicação: