Português, perguntado por gabrielpx41, 4 meses atrás

"vivemos num mundo sínico". explique essa crítica?​

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Respondido por reissofia327
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Resposta:

Eu sempre gostei de crianças. Em nova, quis ser professora primária. Mas depois, nem sei bem por que razão, a área do crime começou a fascinar-me e a palavra “advogada” ganhou uma força muito grande. Entrei em Direito aos 17 anos com o sonho de que iria salvar todas as crianças do mundo. Logo percebi que isso seria impossível, que, enquanto estudantes, somos preparados para atuar enquanto máquinas, sem olhar a qualquer emoção. A desilusão foi muito grande. Entretanto, e porque a minha mãe trabalha na polícia e eu já tinha idade para ouvir histórias terríveis, fui convivendo com realidades tão graves que surgiam diariamente. De todos os crimes, a pedofilia era a que mais me repugnava mas, ao mesmo tempo, percebi que o tema mexia tanto comigo que eu deveria trabalhar com ele. Enquanto a maioria da sociedade tapa os olhos perante esse problema, eu pesquisei muito, procurei o máximo de informação, li e tentei, ao máximo, falar sobre isso às pessoas que me rodeiam. O “Distúrbio” nasceu da minha vontade de exorcizar toda a minha frustração com o curso que estava a tirar, que oferece (e uso este verbo porque se trata mesmo de um presente) penas demasiado brandas aos prevaricadores. Eu sabia que no meu livro, eu poderia contar uma história que não seria ignorada pelo leitor e que de alguma forma marcaria as pessoas que o lessem. Infelizmente, vivemos num mundo cínico. Eu própria, depois de escrever o “Distúrbio”, olho para os outros de forma diferente, mais atenta. Nunca se sabe o que está escondido por detrás de uma família aparentemente normal.

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