Português, perguntado por gmcosta, 1 ano atrás

Visitar Portugal é — no mínimo— vertiginoso — como se olhar num espelho que deforma— muitas vezes pra melhor. Percebemos que nosso vinho é pior, nosso queijo é pior, mas que nosso apego às vogais, por exemplo, é muito maior. Na palavra confortável: temos carinho pelo primeiro "o", pelo segundo "o", pelo "á", e até pelo "e". Os portugueses não têm nenhuma relação afetiva com as vogais. A palavra confortável, em Portugal, pronuncia-se cnfrtávl. Nada menos confortável. Parece que querem logo chegar ao final da frase. Quase todas as vogais caem no esquecimento, de modo que o resultado final frequentemente parece que se está lendo uma palavra digitada por alguém que na verdade só esbarrou no teclado. Kdsrfsts.
Perceba que, se alguém disser "chlént!", não estará falando o dialeto iídiche, mas "excelente". Acharam que a palavra já tinha "e" demais. Por que pronunciar o "e" quatro vezes? Basta uma! É a chamada austeridade vocálica.
(Folha, 12/10/2015)
Gregorio Duvivier apresenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas do Brasil e de Portugal.
As características exploradas no texto manifestam-se:

a) na fonologia.
b) no uso do léxico.
c) no grau de formalidade.
d) na organização sintática.
e) na estruturação morfológica.

Soluções para a tarefa

Respondido por Cleiton7482
3
Acho que é isso

a) correta
b) Não trata o texto de palavras diferentes, mas de sons diferentes na pronunciação destas.
c) Comer letras nada tem a ver com formalidade.
d) Não se trata da organização dos vocábulos numa frase, porém da diferente sonoridade de mesmas palavras.
e) A estruturação morfológica também não tem a ver com diferenças de pronunciação.

Logo, a única resposta correta é a primeira.
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