Visão psicanalítica sobre música
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Não deixa de ser um desafio falar da dobradiça música/psicanálise num país como o Brasil onde a inclinação pela música possui valor diagnóstico. O desafio é uma das formas do canto popular. Canta o poeta baiano Caymi, sujeito-suposto-saber-gozar da cidade, numa das suas canções mais populares, que quem não gostar de samba é ruim da cabeça. Todo o mundo sabe que o samba é recurso terapêutico: se samba pra não chorar, se samba com palavras mágicas para cativar amadas, recurso erótico, se samba pra tudo se acabar na quarta feira, recurso metafísico.
Na sua "Interpretação dos sonhos" Freud concede à música a função de ativador de lembranças. Um "toque" à memória. Um par de compassos das Bodas de Fígaro e já estamos viajando, avançada psíquica que abre o acesso ao total da fantasia. Abre e fecha a percepção das lembranças. Fantasmas musicais. Melodias estimulantes de traumas e saudades, cantos de sereias. Por outro lado, Freud soube extrair da forma sonata um conceito chave da sua teoria, a elaboração, a Durcharbeitung, o working through como o chamam os ingleses. A música como grande aliada.
Sua resistência á música é bem conhecida por todos os freudianos. Freud o declara sem pudor, o que não pode reduzir a conceitos não o comove. Essa é a minha maneira, admite Freud, identificado ao sintoma, esse é "my way". Lembremos simplesmente que na Viena de 1914, quando Freud se confessa no escrito sobre o Moisés de Michelangelo, só se escuta valsa. Trata-se de um desconto pessoal que dou a Freud.
Na sua "Interpretação dos sonhos" Freud concede à música a função de ativador de lembranças. Um "toque" à memória. Um par de compassos das Bodas de Fígaro e já estamos viajando, avançada psíquica que abre o acesso ao total da fantasia. Abre e fecha a percepção das lembranças. Fantasmas musicais. Melodias estimulantes de traumas e saudades, cantos de sereias. Por outro lado, Freud soube extrair da forma sonata um conceito chave da sua teoria, a elaboração, a Durcharbeitung, o working through como o chamam os ingleses. A música como grande aliada.
Sua resistência á música é bem conhecida por todos os freudianos. Freud o declara sem pudor, o que não pode reduzir a conceitos não o comove. Essa é a minha maneira, admite Freud, identificado ao sintoma, esse é "my way". Lembremos simplesmente que na Viena de 1914, quando Freud se confessa no escrito sobre o Moisés de Michelangelo, só se escuta valsa. Trata-se de um desconto pessoal que dou a Freud.
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