Violões que Choram
Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamento.
Noites de além, remotas, que eu recordo,
Noites da solidão, noites remotas
Que nos azuis da fantasia bordo,
Vou constelando de visões ignotas.
Sutis palpitações à luz da lua.
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.
Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E vão dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras tremem.
Harmonias que pungem, que laceram,
Dedos nervosos e ágeis que percorrem
Cordas e um mundo de dolências geram,
Gemidos, prantos, que no espaço morrem...
E sons soturnos, suspiradas mágoas,
Mágoas amargas e melancolias,
No sussurro monótono das águas,
Noturnamente, entre ramagens frias.
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
Tudo nas cordas dos violões ecoa
E vibra e se contorce no ar, convulso...
Tudo na noite, tudo clama e voa
Sob a febril agitação de um pulso. [...]
01) Sobre o poema é incorreto afirmar que:
a) Os sons dos violões são associados a “soluços
do mar”, “choros ao vento” e “gemidos, prantos”.
b) O poema tem tom melancólico revelando o
estado de espírito em que o poeta se encontra.
c) Os sons produzidos pelos violões trazem à tona
sentimentos altissonantes para o eu lírico.
d) Analisando o aspecto sonoro do poema pode-se
apontar a aliteração como o trabalho de
linguagem que se destaca em praticamente
todas as estrofes.
e) Pode-se inferir um acentuado subjetivismo no
poema.
02) “Ah! plangentes violões dormentes,
mornos,” Substituindo o termo em destaque
sem acarretar prejuízo de sentido ao poema,
temos:
a) “Ah! lamentosos violões dormentes, mornos,”
b) “Ah! pérfidos violões dormentes, mornos,”
c) “Ah! ditosos violões dormentes, mornos,”
d) “Ah! estimados violões dormentes, mornos,”
e) “Ah! insidiosos violões dormentes, mornos,”
03) No título do poema temos uma figura de
linguagem denominada:
a) sinestesia
b) onomatopeia
c) hipérbole
d) metonímia
e) personificação
04) “Mágoas amargas e melancolias,” A conjunção presente no excerto tem valor de:
a) adição
b) conclusão
c) adversidade
d) explicação
e) oposição
05) “Noites de além, remotas, que eu recordo,”
As vírgulas empregadas no fragmento estão de acordo com a norma culta padrão assim como na alternativa:
a) A professora reclamou isto é, não concordou com o exposto.
b) Nós preferimos churrasco, e eles macarrão.
c) Não falarei, pensei comigo, sobre o assalto a ninguém.
d) Celso, nasceu em 1987 na Argentina, e é jornalista.
e) A família mudou, os pl.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
1 letra (d)
2 letra(a)
3 letra(e)
4 letra(d)
5 letra (c)
espero ter ajudado
Respondido por
1
Resposta:
1-) C) Sinestesia.
2-) A) Aliteração.
3-) B) Metáfora.
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