Vida obscura Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro ó ser humilde entre os humildes seres, embriagado, tonto de prazeres, o mundo para ti foi negro e duro. Atravessaste no silêncio escuro a vida presa a trágicos deveres e chegaste ao saber de altos saberes tornando-te mais simples e mais puro. Ninguém te viu o sofrimento inquieto, magoado, oculto e aterrador, secreto, que o coração te apunhalou no mundo, Mas eu que sempre te segui os passos sei que a cruz infernal prendeu-te os braços e o teu suspiro como foi profundo! (SOUSA, C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1961) Com uma obra densa e expressiva no Simbolismo brasileiro, Cruz e Souza transpôs para seu lirismo uma sensibilidade em conflito com a realidade vivenciada. No soneto, essa percepção traduz-se em sofrimento tácito diante dos limites impostos pela discriminação. tendência latente ao vício como resposta ao isolamento social. extenuação condicionada a uma rotina de tarefas degradantes. Leia os seguintes versos: Mais claro e fino do que as finas pratas O som da tua voz deliciava... Na dolência velada das sonatas Como um perfume a tudo perfumava. Era um som feito luz, eram volatas Em lânguida espiral que iluminava, Brancas sonoridades de cascatas... Tanta harmonia melancolizava. (SOUSA, Cruz e. "Cristais", in Obras completas.Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995, p. 86.) Assinale a alternativa que reúne as características simbolistas presentes no texto: Sinestesia, aliteração, sugestão. Clareza, perfeição formal, objetividade. Aliteração, objetividade, ritmo constante.
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Resposta:
"'A"
Explicação:
cmsp
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