Vestindo água, só saído o cimo do pescoço, o burrinho tinha de se enqueixar para o alto, a salvar também de fora o focinho. Uma peitada. Outro tacar de patas. Chu-áa! Chu-áa... – ruge o rio, como chuva deitada no chão. Nenhuma pressa! Outra remada, vagarosa. No fim de tudo, tem o pátio, com os cochos, muito milho, na Fazenda; e depois o pasto: sombra, capim e sossego... Nenhuma pressa. Aqui, por ora, este poço doido, que barulha como um fogo, e faz medo não é novo: tudo é ruim e uma só coisa, no caminho: como os homens e os seus modos, costumeira confusão. É só fechar os olhos. Como sempre. Outra passada, na massa fria. E ir sem afã, à voga surda, amigo da água, bem com o escuro, filho do fundo, poupando forças para o fim. Nada mais, nada de graça; nem um arranco, fora de hora. Assim.
Como esse texto pode ser classificado?
A- Não literário, pois apresenta linguagem objetiva, principalmente no trecho "Vestindo água, só saído o cimo do pescoço, o burrinho tinha de se enqueixar para o alto, a salvar também de fora o focinho".
B- Literário, pois nele predomina a função referencial da linguagem.
C- Não literário, pois apresenta linguagem conotativa com o uso de figuras de linguagem.
D- Literário, com a presença de figuras de linguagem e tom conotativo, como a onomatopeia "Chu-áa", que representa o som feito pelo rio.
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Este texto é
D- Literário, com a presença de figuras de linguagem e tom conotativo, como a onomatopeia "Chu-áa", que representa o som feito pelo rio.
como exemplo da expressividade sonora presente neste texto podemos citar a onomatopeia, em “Chu-áa! Chu-áa...”,
e a fusão de onomatopéia com aliteração, em “ruge o rio”.
Anexos:
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Resposta:
d
Explicação:
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