História, perguntado por miiblossomm579, 6 meses atrás

Vestígios de ossos encontrados em Lagoa Santa resgataram as discussões sobre qual teoria de povoamento da América estaria correta: a Teoria de Clóvis ou a Teoria Pré-Clóvis.

Esses vestígios fizeram aumentar os questionamentos entre as teorias porque sugerem que os​

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Respondido por anameninaoi
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Teoria de Clóvis.

Em sentido diverso à teoria Clóvis, que afirma que os seres humanos chegaram ao continente americano há menos de 11 500 anos, arqueólogos descobriram, em escavações em Monte Verde (Chile), ossos que demostraram que os humanos ocuparam a América do Sul entre há 14 500 e 18 500 anos.

Teoria Pré-Clóvis.

Os arqueólogos acharam restos de fogueiras de cerca de 50 mil anos, o que contraria a chamada 'teoria Clovis', a qual sustenta que os primeiros seres humanos chegaram a América vindos da Sibéria através do estreito de Bering, aproveitando a baixa do nível do mar na Era Glacial, há 14 mil anos.

Lagoa Santa.

O famoso conjunto está entre os esqueletos humanos mais antigos até hoje descobertos no continente americano. Atualmente, a mais antiga e famosa descoberta fóssil da América do Sul é conhecida como Luzia, também localizada em Lagoa Santa, na década de 1970.

Uma história de 60 mil anos

Escrito por Juliana Winkel

O solo brasileiro esconde tesouros surpreendentes. Histórias de antes da história escrita, que explicam as origens dos povos da América e são comparáveis, em importância, aos principais achados arqueológicos do Velho Mundo. Heranças que ainda estamos decifrando e aprendendo a preservar.

Quando desembarcou no Brasil em 1825, o dinamarquês Peter Lund se surpreendeu com o que encontrou. Estudioso de botânica e zoologia, o médico e naturalista viu no País - que ainda aprendia o que era identidade - o pano de fundo para grandes pesquisas. Se a Nação era jovem, a terra que a sustentava poderia abrigar histórias mais antigas que o solo das metrópoles europeias.

Estabeleceu-se por aqui em definitivo em 1832. Passou a esquadrinhar a região de Lagoa Santa, Minas Gerais, em busca de vestígios do passado. Explorou mais de 200 grutas, descobriu cerca de 12 mil fósseis. E o grande achado: um cemitério com 30 esqueletos humanos, ao lado de ossos de mamíferos da chamada megafauna. Eram animais de dimensões bem maiores que as atuais, como os gliptodontes (tatus de cerca de um metro de altura), as macrauquênias (herbívoros semelhantes a lhamas com trombas) e preguiças de até seis metros de comprimento e cinco toneladas.

O Homem da Lagoa Santa, como foi batizado aquele fóssil humano, ajudou a reescrever um importante período da pré-história brasileira. Os achados sugeriam que tenha sido contemporâneo desses animais de grandes dimensões, que, por muito tempo, acreditou-se que estivessem extintos quando surgiram as populações humanas.

A teoria de Lund só seria confirmada mais de um século depois, em 2002, com base em análises de datação das ossadas. Para o dinamarquês, porém, nunca restaram dúvidas. Considerado o pai da paleontologia brasileira, foi aqui que morreu, em 1880.

Mais sobre.

Estudos com DNA devem em breve começar a render resultados e trazer algumas respostas sobre como esses grupos se sucederam e qual o parentesco entre eles. “A morfologia craniana mostra que eles tinham a mesma ‘arquitetura’ geral”, conta Walter Neves. Há uma variação contínua nesse grande grupo que ele define como paleoamericano. De acordo com sua teoria, de que duas migrações distintas deram origem aos habitantes da América, as primeiras pessoas com características asiáticas teriam chegado por ali há cerca de 7 mil anos – e não há resquícios humanos em Lagoa Santa datados entre 7 mil e 2 mil anos atrás. Mesmo assim, o que há de indícios de lá e de outros lugares aos poucos vem refinando a hipótese. “Eu achava que a segunda leva migratória teria substituído o povo de Luzia”, admite. “Mas hoje temos evidências muito fortes de que aquela morfologia sobreviveu praticamente intacta até o século XIX.” É o caso, por exemplo, dos índios Botocudos (que foram dizimados no período colonial), de acordo com crânios armazenados no Museu Nacional do Rio de Janeiro, como defendem Strauss, Neves e colegas em artigo publicado em 2015 na revista American Journal of Physical Anthropology.

Isso foi oque eu consegui achar sobre as teorias, bons estudos :)

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