Vera França (2013) comenta que a trajetória dos estudos sobre a comunicação ocorre com obstáculos, tensões, contradições e dificuldades. Diante desse aspectos, redija um comentário sobre quais seriam essas dificuldades.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Bom, a construção do espaço acadêmico começou por um motivo pragmático, a necessidade da criação de cursos profissionalizantes na área de comunicação, principalmente de jornalismo. Dessa forma, as teorias da comunicação surgiram um pouco depois dos próprios cursos. Havia uma formação técnica à qual foram agregadas as dimensões humanista e social. O foco na prática desencadeou algumas distorções, como a natureza instrumental da demanda. Muitos dos estudos da comunicação foram realizados com objetivos específicos e guiados por certas finalidades, comprometendo o distanciamento crítico necessário na ciência. Por outro lado, a crítica à esta vinculação dos estudos da comunicação ao campo prático, causou uma reação inversa, um descolamento. A autora alerta que uma teoria fora do horizonte da prática torna-se pura abstração e, portanto, o interessante seria o equilíbrio entre teoria e prática. Além disso, também há a dificuldade referente a diversidade de fatos e práticas que constituem o objeto da comunicação, pois existem várias atividades profissionais como jornalismo, publicidade e relações públicas; tipos diversos de veículos como jornal impresso, rádio, televisão e internet; e inúmeras linguagens: cinematográfica, publicitária e cotidiana.
As práticas comunicativas mudam muito com o avanço da tecnologia e a produção acadêmica tem outro ritmo (por sua própria natureza) e não consegue acompanhar essas transformações. Também há o aspecto da heterogeneidade dos aportes teóricos, pois as teorias da comunicação, principalmente no início, são formadas por proposições advindas de investigações da sociologia, antropologia, psicologia, entre outros, o que enriquece e ao mesmo tempo dificulta a integração teórica e metodológica do campo. Por fim, os estudos sobre comunicação também têm uma tendência a modismos, alguns quadros conceituais e temáticos surgem, mas não são aprofundados.
Explicação:
Resposta:
Padrão de resposta esperado.
Explicação:
Segundo a autora, a própria natureza do objeto ou da relação entre o campo da teoria e o campo da prática estão entre as razões para os obstáculos da constituição da comunicação como campo de estudo. Além disso, algumas questões de ordem teórica também estariam entre essas razões. A construção do espaço acadêmico começou por um motivo pragmático – a necessidade da criação de cursos profissionalizantes na área de comunicação, principalmente de jornalismo. Dessa forma, as teorias da comunicação surgiram um pouco depois dos próprios cursos. Havia uma formação técnica à qual foram agregadas as dimensões humanista e social.
O foco na prática desencadeou algumas distorções, como a natureza instrumental da demanda. Muitos dos estudos da comunicação foram realizados com objetivos específicos e guiados por certas finalidades, comprometendo o distanciamento crítico necessário na ciência. Por outro lado, a crítica à esta vinculação dos estudos da comunicação ao campo prático, causou uma reação inversa, um descolamento. Dessa forma, tiveram início produções que desprezavam a empiria. A autora alerta que uma teoria fora do horizonte da prática torna-se pura abstração e, portanto, o interessante seria o equilíbrio entre teoria e prática. Além disso, também há a dificuldade referente a diversidade de fatos e práticas que constituem o objeto da comunicação, pois existem várias atividades profissionais como jornalismo, publicidade e relações públicas; tipos diversos de veículos como jornal impresso, rádio, televisão e internet; e inúmeras linguagens: cinematográfica, publicitária e cotidiana.
Um outro aspecto importante é o da mobilidade do objeto empírico. As práticas comunicativas mudam muito com o avanço da tecnologia e a produção acadêmica tem outro ritmo (por sua própria natureza) e não consegue acompanhar essas transformações. Também há o aspecto da heterogeneidade dos aportes teóricos, pois as teorias da comunicação, principalmente no início, são formadas por proposições advindas de investigações da sociologia, antropologia, psicologia, etc, o que enriquece e ao mesmo tempo dificulta a integração teórica e metodológica do campo. Por fim, os estudos sobre comunicação também têm uma tendência a modismos, alguns quadros conceituais e temáticas surgem mas não são aprofundados.