Vaso Chinês
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura —
Quem o sabe? — de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura.
Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
Alberto de Oliveira
Alberto de Oliveira utiliza uma estratégia sentimental para intensificar e justificar o impacto visual que o vaso chinês causa no eu lírico. Marque a alternativa que contenha um verso que exemplifique tal estratégia.
a) ''Casualmente, uma vez, de um perfumado".
b) "Nele pusera o coração doentio".
c) "Em rubras flores em um sutil lavrado,"
d) "Quem o sabe?... de um velho mandarim".
e) "Também lá estava a singular figura;".
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A estratégia sentimental pode ser identificada no verso:
b) "Nele pusera o coração doentio".
Interpretação de texto
Esse verso indica que, na visão do eu lírico, o artista chinês "pôs o coração doentio" na feitura desse vaso.
Pôr o coração em algo é um modo de expressar grande dedicação e sentimento pela realização de algo. O termo "doentio" reforça o quanto foi um trabalho excessivo.
Assim, fica evidente a estratégia sentimental utilizada pelo poeta Alberto de Oliveira: ele pôs em evidência o sentimento do pintor chinês com a intenção de destacar o impacto que a beleza do vaso causara no eu lírico.
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