VAMOS À PRAÇA?
Numa manhã de segunda-feira acordo bem cedo para ir à escola, tomo café e da varanda da minha casa começo a observar minha comunidade, em especial a praça que é a nossa maior atração.
Aqui não temos edifício, shopping, praia ou qualquer outro ponto turístico como esses que costumamos ver as pessoas indo conhecer, mas nesse pacato lugar temos uma praça que me chama atenção. Continuo observando sua estrutura, com várias rampas, bancos, flores, arvores, uma igreja, e um palanque que chama a atenção de todos. Procuro seus frequentadores, mas para uma pracinha do interior ainda é cedo para ali estarem, então começo a pensar que triste deve ser amanhecer nessa solidão ter tantos atrativos e mesmo assim está só.
Vou para a escola e quando volto continuo a observar que a praça continua linda e pronta para receber qualquer pessoa, pois ela já providenciou bancos e sombras, porém a vida é corrida e meio-dia as pessoas não têm tempo para ir à pracinha. Continuo meu dia com outras atividades e quando anoitece, volto meu olhar atento a nossa praça, algo diferente me chama atenção, é uma segunda feira e a praça não está mais vazia, e seus visitantes são bem peculiares, mas eles garantem a animação. A cigarra começa cantando e grilos fazem o coro, as muriçocas fazem a segurança, colocando para casa todo aquele que ousa tentar ficar ali levando um ventinho. Não posso esquecer que a praça também vira um ringue de box, pois os cachorros e os gatos que por ali passeiam se estranham e até lutam chamando a atenção de todos. A plateia fica por conta dos cururus que pulam de um lado para o outro, porém ninguém sabe para quem eles torcem.
Duas figuras entre um dia ou outro fazem parte do grupo que visitam a praça na semana, é a conhecida dona Benta que vez ou outra agua as flores; e o Totó que chega como juiz e com seu chicote acaba com qualquer briga dos cachorros. Todos da comunidade sabem que ao ouvirem um plaft, plaft, plaft é o Totó com seu chicote espantando os cachorros, afinal eles são como guardiões da praça.
Assim dia após dia observo a mesma coisa, até que chega sábado. O sino da igreja toca. E a praça que durante a semana fica vazia, enche-se de fieis que dão um outro aspecto a ela, os animais que dia-a-dia que estão lá, dão espaço a conversas, risos, encontros de amigos, crianças brincando e nos bancos mais afastados os namorados apaixonados.
Essa é a rotina da nossa praça, na semana sozinha ou melhor acompanhada de seres que fazem dela sua casa, assistindo um pequeno serrote que deu nome à nossa comunidade ser destruído, mas no final da semana ver os moradores deste lugar felizes por terem um ponto de encontro; e cheios de esperança prontos para enfrentar a vida. Por fim convido a você: vamos à praça?
Aluna: Maria Eduarda Araújo
Professora: Elcicleide Viana Ávila
(Texto vencedor na fase municipal da Olimpíada Escrevendo o Futuro 2019 na categoria Crônica de São Gonçalo do Amarante - CE
1. A finalidade principal do texto é
5 pontos
a) descrever uma situação.
b) relatar um acontecimento.
c) discorrer sobre um tema.
d) convencer o leitor.
Soluções para a tarefa
Resposta:
B
Explicação:
Numa manhã de segunda-feira acordo bem cedo para ir à escola esse é um exemplo de frase para relatar algo
A finalidade principal do texto do enunciado é relatar um acontecimento. Portanto, LETRA B.
Importância do narradora do texto utilizar a primeira pessoa para escrevê-lo:
⇒ Como um relato pessoal visa documentar memórias ou vivências do narrador (ou grupo de narradores), deve-se utilizar a primeira pessoa. Isso também pode fazer do do texto mais pessoal e emotivo.
⇒ Observe que o narrador relata, sobretudo, a respeito da praça localizada nas proximidades de onde ele mora.
Algumas características do relato pessoal:
- Narração em primeira pessoa.
- Verbos no presente e no passado.
- Caráter subjetivo.
- Vivências pessoais.
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Bons estudos!