História, perguntado por anitaolibarbosa, 1 ano atrás

Uso do cavalo no feudalismo

Soluções para a tarefa

Respondido por alagoas
1
Lutar montado era prestigioso por causa do alto custo dos cavalos, armas e armaduras. Somente indivíduos abastados, ou os serventes dos ricos, podiam lutar a cavalo. Os cavalos, quando apropriados ao combate alcançavam preços elevadíssimos; as táticas de combate exigiam constante renovação da montaria e as peças do armamento, em economias agrícolas e artesanais como as do período feudal, eram também muito valorizadas.
Respondido por LuaneteMineira2
1

Após a queda do Império Romano do Ocidente, a Europa entrou num período de desordem e insegurança durante o qual os mais fortes impunham sua autoridade nos territórios que conseguiam controlar. Guerreiros bem adestrados, equipados com cavalo e armadura, entravam para o serviço dos senhores feudais, que os recompensavam com terras e vassalos. A cavalaria surgiu como recurso de defesa dos romanos contra as invasões bárbaras, que usavam o cavalo, e substituiu paulatinamente a infantaria romana. Até o século X, a necessidade de defesa era tão grande que todo homem forte e corajoso era também um combatente. Esses guerreiros constituíram a base da hierarquia feudal: dependiam de um senhor ou suserano, ao qual se ligavam por juramento de fidelidade e por obrigações vassálicas. Atingindo a maioridade, eram armados cavaleiros.No período carolíngio (do século VIII ao X), a cerimônia de sagração tinha um caráter exclusivamente leigo. A partir do século X, a cavalaria pesada tornou-se dominante e progressivamente exclusiva. Os exércitos do ocidente europeu se constituíam de tropas de cavaleiros fortemente armados, com elmos de ao que cobriam toda a cabeça, corpo protegido por armadura de malha de aço, espada, punhal, lança e escudo. Mesmo os cavalos eram protegidos por armadura de malha. Essas transformações decorreram de melhorias técnicas adotadas na Europa ocidental e transformaram a cavalaria numa atividade altamente dispendiosa, à qual poucos tinham acesso. Lutar montado era prestigioso por causa do alto custo dos cavalos, armas e armaduras. Somente indivíduos abastados, ou os serventes dos ricos, podiam lutar a cavalo. Os cavalos, quando apropriados ao combate alcançavam preços elevadíssimos; as táticas de combate exigiam constante renovação da montaria e as peças do armamento, em economias agrícolas e artesanais como as do período feudal, eram também muito valorizadas. Das restrições ao ingresso à cavalaria surgiu uma obrigação do vassalo em relação ao suserano: o dever de ajuda, contribuição obrigatória para auxiliar o senhor a armar cavaleiro seu filho primogênito. O período áureo da cavalaria feudal transcorreu entre os séculos X e XII na Europa devido principalmente ao sucesso dos Normandos. O título de cavaleiro tornou-se hereditário e constituiu-se uma casta militar que adquiriu, por direito costumeiro, privilégios especiais. A cavalaria tornou-se então um monopólio dos descendentes de cavaleiros. Embora tivesse como modelo as táticas das antigas tribos germânicas, a cavalaria cristã, ao contrário desses guerreiros individualistas, submeteu-se ao trabalho disciplinador do poder real e sobretudo da igreja, que a tornou obediente a certas regras e princípios. Além dos cavaleiros, homens que eram obrigados a apresentar suas “lanças” ao seu senhor, a cavalaria era constituída por escudeiros, cavaleiros das ordens religiosas e dos concelhos (também conhecidos por cavaleiros-vilões) e “cavaleiros da espora dourada” (ricos, mas sem nobreza). Cada “lança” constituía um grupo de 4 até 10 homens, formado pelo seu chefe, por ser sargento, seu (s) escudeiro (s), homens armados (normalmente montados), arqueiros ou besteiros e por fim pelo pagem. Cinco ou seis lanças formavam uma bandeira, subordinada a um chefe. 100 lanças constituíam uma companhia de homem armados (men-at-arms – sinônimo para soldado no período medieval). O que daria em torno de 400 a 1000 homens armados. No tempo de D. João I, foi determinado que os senhores das terras deveriam fornecer 840 lanças e as ordens militares então existentes (Hospitalários, de Santiago de Espada, de Avis e de Cristo) deveriam participar nas hostes com 340 lanças. Há registros de 2360 ser o o número de lanças sendo fornecidas pelos cavaleiros restantes. Assim, ele dispunha-se de um total de 3540 lanças, às quais se juntaria a cavalaria da ordenança ou do couto, isto é, os cavaleiros-vilõesA INVESTIDURA” O ingresso na cavalaria evoluiu com o tempo para um processo formal. O pretendente, geralmente nobre, iniciava sua formação como pajem, aos sete anos, na casa de um parente ou suserano do próprio pai. Ao completar 12 anos, entrava para o serviço de seu senhor feudal e recebia instrução militar e formação em outras disciplinas. Se provasse sua competência, aos 14 anos, tornava-se escudeiro numa cerimônia em que lhe entregavam a espada e as esporas de prata. A partir daí acompanhava seu senhor nas campanhas militares. Finalmente, aos 21 anos, mediante um ritual de caráter religioso, o jovem se tornava cavaleiro. O cerimonial de ascensão a cavaleiro variou consideravelmente ao longo da história e nas diferentes regiões da Europa. O ritual podia ser complexo, realizado na presença do rei e em dia de festa, ou muito simples, no próprio campo de batalha. O jejum, a vigília das armas, a comunhão e a bênção da espada constituíam a base do cerimonial. O aspirante a cavaleiro pronunciava então seu juramento, segundo diferentes fórmulas. 

Perguntas interessantes