(USF - adaptada) Considere os excertos a seguir, retirados de algumas das obras marcantes da literatura brasileira, e assinale a opção em que a afirmativa a respeito da linguagem, colocada após o fragmento, está incorreta.
Escolha uma:
a. “Mas, ou muito me engano, ou acabo de escrever um capítulo inútil.” (cap. CXXXVI, Memórias póstumas de Brás Cubas). “Há coisas que melhor se dizem calando; tal é a matéria do capítulo anterior.” (cap. CXL, Memórias póstumas de Brás Cubas) – Ambos os fragmentos exemplificam o processo de metalinguagem.
b. “... a Machona, armada com um ferro de engomar, jurava abrir as fuças a quem lhe desse um segundo coice como acabava ela de receber um nas ancas...” (cap. X - O cortiço) – O reducionismo biológico da estética naturalista transforma o ser humano em um animal, de onde temos, no exemplo, um processo de zoomorfização.
c. “Alguns anos vivi em Itabira./Principalmente nasci em Itabira./Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro./Noventa por cento de ferro nas calçadas.” (Confidência de itabirano, Carlos Drummond de Andrade) – Nesse fragmento, predomina a função poética de linguagem, uma vez que são versos e há palavras arranjadas de modo especial.
d. “... a segunda é que o escrito ficaria mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.” (cap. I – Memórias póstumas de Brás Cubas) – O fragmento apresenta um marcante exemplo de intertextualidade.
e. “Não, meu coração não é maior que o mundo./É muito menor./Nele não cabem nem as minhas dores./Por isso gosto tanto de me contar./Por isso me dispo,/por isso me grito,/por isso frequento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias: preciso de todos.” (Mundo grande, Carlos Drummond de Andrade) – Analisando-se as figuras de linguagem, percebe-se no fragmento a presença de antítese, anáfora, gradação e comparação.
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Alternativa B: “... a Machona, armada com um ferro de engomar, jurava abrir as fuças a quem lhe desse um segundo coice como acabava ela de receber um nas ancas...” (cap. X - O cortiço) – O reducionismo biológico da estética naturalista transforma o ser humano em um animal, de onde temos, no exemplo, um processo de zoomorfização.
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