Use a sua imaginação e crie uma pequena história na qual os responsáveis pela contratação de pessoas de uma empresa agem com racismo. SEJA CRIATIVO! sobre o povo Braco e negros
Soluções para a tarefa
Resposta: É evidente que existe uma política de extermínio da juventude negra no Brasil. Essa política acontece de forma instrumental e planejada a partir das abordagens policiais. Quando paramos para analisar os fundamentos das polícias no Brasil e as suas estruturas de comando, fica negritado que os mecanismos utilizados para execução de uma necropolítica, ou seja, uma política que prioriza a morte, não são recentes.
As polícias¹ foram criadas para controle de corpos, assim como suas legislações criminais e o próprio sistema de justiça criminal. É importante negritarmos, aqui, que corpos são esses: os negros e periféricos. A força policial, obviamente com outros termos, foi historicamente criada para proteger e garantir a segurança da nobreza portuguesa, que acabara de chegar ao Brasil. Os interesses atuais são essencialmente os mesmos. Eu poderia colocar, neste artigo, números e dados sobre pessoas que resistem e tentam reverter o quadro da letalidade policial. Acredite: tem muita gente qualificada, com debate amplo e técnica necessária para isso. Mas pensar o campo de transformação a partir da reforma da polícia nos faz um convite para além, temos que pensar na abolição de uma polícia letal e não comprometida com os direitos humanos. A ordem do dia é não pensar naquilo como está posto, um desafio diário para quem atua em prol da vida.
A polícia foi utilizada para tentar submeter o povo preto a um estado completo de vigilância e punição, transformando-nos em supostos corpos dóceis, entretanto, não logrou êxito. São tentativas antigas para aniquilamento dos nossos.
O processo tecnológico – pois em constante modificação – de racismo e militarização das polícias é algo engendrado, articulado e geograficamente localizado. Por isso, consideramos equivocado falar em “balas perdidas”, quando são sempre os mesmos corpos que são atingidos por elas. Em teoria, as polícias recebem treinamento específico para fazer uso de materiais bélicos e para não utilizar critérios subjetivos ao disparar uma arma. Entretanto, o que se vê, nas ruas, é o despreparo das corporações em abrir fogo contra cidadãos dentro das suas casas. Os critérios, dessa forma, são cada vez mais subjetivos e atrelados ao racismo institucionalizado nas corporações policiais.
Trata-se de um ethos corporal, forma de existir e estar no mundo. Um jeito de andar, um jeito de falar e se vestir, cuja significação atribuída é a de “bandido”, “pessoa perigosa”. Esses corpos têm cor, classe e território, são os meninos pretos da favela, deslegitimados como seres humanos, desde as suas infâncias. São mortes tidas como aceitáveis para o Estado burguês porque não aceitaram a legitimidade da nossa existência. Não podemos esquecer que estamos falando da atuação de agentes públicos, pagos pelo Estado para promover segurança pública, ao menos em teoria, em prol da coletividade.