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A redistribuição espacial da indústria no Brasil
Denominamos de indústria a atividade econômica responsável pela transformação de matérias-primas em novos produtos, de novo valor forma e função. Apesar de seus produtos estarem presentes em praticamente todas as partes do mundo, esta atividade se encontra restrita à locais que ofereçam os fatores responsáveis por sua realização, denominados de fatores locacionais. A importância dada a um ou outro fator locacional dependerá do tipo de indústria que se queira construir. Dentre os principais fatores locacionais estão: incentivos fiscais, qualificação da mão de obra, boa infraestrutura em energia, transporte e comunicação, abundância de matéria-prima, grande mercado consumidor, leis ambientais e trabalhistas fracas, existência de importantes universidades, laboratórios ou centros de pesquisas, etc. Desta forma, indústria de tecnologia tendem a se localizar próximas a universidade e centros de pesquisas. Por outro lado, as indústrias mineradoras ou petroquímicas tendem a se localizar próximas às fontes de matéria-prima.
A indústria no Brasil se desenvolveu concentrada na região Sudeste, em particular nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Por causa disso, a partir da década de 1970, o governo federal passou a incentivar a desconcentração industrial para outros estados e regiões do país, através de políticas públicas destinadas ao desenvolvimento deste setor: construção de novas usinas hidrelétricas, a abertura de novas áreas de exploração mineral, abertura de rodovias, criação da Zona Franca de Manaus, etc. Mesmo assim a atividade continuou concentrada no Sudeste do país.
Nas últimas décadas, porém, vêm se observando uma nova desconcentração industrial no país, na qual grandes unidades fabris estão se transferindo das grandes cidades e regiões metropolitanas para pequenas e médias cidades do interior, atraídas pela oferta de generosos incentivos fiscais, de mão-de-obra mais barata, de melhor infraestrutura de transporte, etc. Soma-se a isto, os graves problemas típicos das grandes cidades como, por exemplo, engarrafamentos, encarecimento da mão de obra e de impostos, aumento da violência, poluição, etc., que também estão contribuindo para a transferência das fábricas para outras cidades.
Atualmente, um dos principais fatores locacionais responsáveis pela redistribuição espacial da indústria no país são os incentivos fiscais. Estados e municípios declaram um verdadeira “guerra fiscal” para atrair novas empresas. Podemos citar como exemplo de incentivo fiscal a redução ou isenção de impostos, anistia de multas, alongamento de prazos para pagamento de tributos, fornecimento de terrenos, etc.
O resultado de todo este processo é a redução de fábricas e postos de trabalhos em áreas industriais tradicionais e o crescimento de novos distritos industriais em cidades, até então, sem vocação no setor
1-) O que uma indústria precisa para um bom funcionamento? *
a-) Mão de obra qualificada, abundância de matérias-primas, boa infraestrutura em transporte (rodovias, hidrovias, ferrovias, portos e aeroportos), energia e comunicação.
b-) Presença de laboratórios, universidades ou centros de pesquisas, racionamento de água, incentivos fiscais, leis ambientais fracas, leis trabalhistas flexíveis, mão de obra não qualificada.
c-) Mão de obra não qualificada, grande e ativo mercado consumidor, presença de laboratórios, universidades ou centros de pesquisas.
d-) Presença de laboratórios, universidades ou centros de pesquisas, abundância de matérias-primas, leis ambientais duras, leis trabalhistas pouco flexíveis
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Resposta:
A) Mão de obra qualificada, abundância de matérias-primas, boa infraestrutura em transporte (rodovias, hidrovias, ferrovias, portos e aeroportos), energia e comunicação.
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