URGENTEEEE!!! Alguém poderia mandar uma resenha crítica da obra "O Príncipe" de Nicolau Maquiavel
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Resenha: Nicolau Maquiavel, filósofo, músico, poeta e diplomata publicou em 1532 O Príncipe. Esse livro é na verdade uma série de cartas que Nicolau Maquiavel (Nicolaus Maclavellus) enviou para Lourenço de Médici (Laurentium Medicem). Ao todo o livro conta com vinte e seis capítulos e as cartas são na verdade manuais que servem como guia para obter um bom governo. Maquiavel inicia suas cartas classificando os tipos de governo e quais são as melhores formas de conquistar e governar. Maquiavel ainda apresenta os seus argumentos, como forma de corroborar o que defende, ele utiliza diversos exemplos, citando gregos, romanos e até mesmo o povo italiano.
"Aqueles que desejam agradar um Príncipe costumam presenteá-lo com coisas que lhe seja caras ou com as quais vejam que ele se deleita; donde, muitas vezes, oferecem cavalos, armas, tecidos de ouro, pedras preciosas e ornamentos semelhantes, dignos da gradeza do Príncipe." p. 39
"Os cidadãos comuns que somente por fortuna tornam-se príncipes fazem-no com pouco esforço, mas se mantêm com muito; e não encontram nenhum dificuldade em seu caminho, porque voam sobre ele (...)" p. 59
No decorrer da leitura, vemos que Nicolau Maquiavel investiga e analisa a política e o estado através de diversos conceitos, desde a moral e ética, passando por aspectos religiosos e militares. Aos poucos, o autor demonstra dois conceitos chaves do seu livro: a virtù e a fortuna. Segundo Maquiavel, parte de nossas ações são reguladas, controladas e governadas pela fortuna, esta traduz-se no acaso ou sorte. Já a virtù tem uma concepção medieval, traduzindo-se na qualidade e habilidades pessoais, fugindo um pouco da concepção de virtude religiosa. A virtù é nada mais do que a destreza aliada a astúcia, esses aspectos estão ligados diretamente ao campo da política.
"Todos concordam quão louvável é um príncipe fiel e que viva com integridade e não com astúcia; no entanto, pela experiência em nossos tempos, veem-se príncipes que fizeram grandes coisas, que pouco levaram em conta a fidelidade, e que souberam, com a astúcia, virar as mentes dos homens; e, no final, superaram aqueles que se basearam na lealdade." p. 97
Nicolau Maquiavel sentiu que era necessário conseguir uma estabilidade política e social para uma boa e segura governabilidade, tendo em vista que naquele momento histórico a guerra era algo comum e presente. A Itália estava dividida em Estados autônomos e independentes, mas que viviam em guerra constante entre si. Foi diante desse cenário que Maquiavel sentiu-se na necessidade de buscar a formação e a recriação da nação italiana, tendo como base e inspiração a antiga República Romana. Porém, para atingir o seu intento, era necessário unir os estados italianos, para isso se faz necessário a figura de um príncipe capaz de agrupar, unir e governar os estados dessa nação fragmentada.