urgente!!
Qual das alternativas abaixo contém apenas instituições que são parte da indústria cultural?
a) Canais de televisão e Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP).
b) Estações de rádio e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP).
c) Grandes gravadoras (responsáveis por produzir as músicas de cantores e bandas de grande sucesso).
d) Revistas, jornais, editoras e Theatro Municipal de São Paulo.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A tese sociológica de que a perda de apoio na religião objetiva, a dissolução dos
últimos resíduos pré-capitalistas, a diferenciação técnica e social e a extrema
especialização, deram lugar a um caos cultural é cotidianamente desmentida pelos fatos.
A civilização atual a tudo confere um ar de semelhança. Filmes, rádio e semanários
constituem um sistema. Cada setor se harmoniza em si e todos entre si. As
manifestações estéticas, mesmo a dos antagonistas políticos, celebram da mesma forma
o elogio do ritmo do aço. As sedes decorativas das administrações e das amostras
industriais são pouco diferentes nos países autoritários e nos outros. Os palácios
colossais que surgem de todas as partes representam a pura racionalidade sem sentido
dos grandes cartéis internacionais a que já tendia a livre iniciativa desenfreada, que tem,
no entanto, os seus monumentos nos sombrios edifícios circundantes - de moradia ou de
negócios - das cidades desoladas. Por sua vez, as casas mais velhas em torno ao centro
de cimento armado têm o aspecto de slums (favelas), enquanto os novos bangalôs às
margens das cidades cantam (como as frágeis construções das feiras internacionais)
louvores ao progresso técnico, convidando a liquidá-las, após um rápido uso, como latas
de conserva. Mas os projetos urbanísticos que deveriam perpetuar, em pequenas
habitações higiênicas, o indivíduo como ser independente, o submetem ainda mais
radicalmente à sua antítese, o poder total do capital. Como os habitantes afluem aos
centros em busca de trabalho e de diversão, como produtores e consumidores, as
unidades de construção se cristalizam sem solução de continuidade em complexos bem
organizados. A unidade visível de macrocosmo e de microcosmo mostra aos homens o
esquema da sua civilização: a falsa identidade do universal e do particular. Toda a
civilização de massa em sistema de economia concentrada é idêntica, e o seu esqueleto,
a armadura conceptual daquela, começa a delinear-se. Os dirigentes não estão mais tão
interessados em escondê-la; a sua autoridade se reforça quanto mais brutalmente é
reconhecida. Filme e rádio não têm mais necessidade de serem empacotados como arte.
A verdade, cujo nome real é negócio, serve-lhes de ideologia. Esta deverá legitimar
os refugos que de propósito produzem. Filme e rádio se autodefinem como indústrias, e
as cifras publicadas dos rendimentos de seus diretores-gerais tiram qualquer dúvida sobre
a necessidade social de seus produtos. Os interessados adoram explicar a indústria
cultural em termos tecnológicos. A participação de milhões em tal indústria imporia
métodos de reprodução que, por seu turno, fazem com que inevitavelmente, em
numerosos locais, necessidades iguais sejam satisfeitas com produtos estandardizados.
O contraste técnico entre poucos centros de produção e uma recepção difusa exigiria, por
força das coisas, organização e planificação da parte dos detentores.