URGENTE!!!! Preciso de 5 orações determinando o sujeito de cada uma delas que venha desse conto do apólogo
ERA UMA VEZ uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir
que vale alguma coisa neste mundo?
— Deixe-me, senhora. — Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar
insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. — Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem
cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros. — Mas você é orgulhosa. — Decerto que sou. — Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é
que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem
os cose sou eu, e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro,
dou feição aos babados. — Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por
você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando. — Também os batedores vão adiante do imperador. — Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo
adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e
ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto. Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se
disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao
pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano,
pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor
das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana —
para dar a isto uma cor poética. E dizia a
agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que
esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os
dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima. A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era
logo enchido por ela, silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e não
está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava
resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de
costura; não se ouvia mais que o plic-plic plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou
ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o
baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a
vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto
necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado
ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a
linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa,
fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com
ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira,
antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá. Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e
não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai
gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que
não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando
a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
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Exemplos de 5 orações extraídas do texto "Um apólogo", com a identificação do sujeito de cada uma:
- "ERA UMA VEZ uma agulha..."
- "Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada..."
- "Deixe-me, senhora." (sujeito oculto VOCÊ)
- "Porque lhe digo" (sujeito oculto EU)
- "que está com um ar insuportável?" (sujeito oculto VOCÊ)
Sujeito da oração
Sujeito pode ser definido como o termo da oração sobre o qual se informa algo. É o termo que age sobre o verbo, modificando-o. O termo com o qual o verbo concorda em número e pessoa.
Nas duas primeiras orações indicadas acima, os sujeitos estão explícitos, logo estão determinados. Ambos são classificados como simples, pois só possuem um núcleo.
Nas três últimas orações, temos sujeito oculto ou desinencial, pois está implícito. Eles podem ser identificados pelo contexto ou pela desinência verbal. Veja:
- "[Você] me deixe, senhora."
- "Porque [eu] lhe digo"
- "que [você] está com um ar insuportável?"
Mais sobre tipos de sujeito em:
https://brainly.com.br/tarefa/20134016
#SPJ4
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