Filosofia, perguntado por aluno3720, 10 meses atrás

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Respondido por josesimoesjosesimoes
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O propósito deste trabalho é determinar a natureza, especificidade e necessidade da categoria da política no pensamento maduro de Aristóteles, tendo por eixo central o exame de três obras capitais: Ética Nicomaquéia, A Constituição de Atenas e Política. Estabelecer, portanto, os nexos e laços históricos que uniram e animaram o pensamento político do estagirita, relacionando-os à realidade ateniense do século do IV a.C que influenciou, sobremaneira, a démarche ideológica do filósofo em tela. Trata-se de apontar os elos que motivaram concretamente o autor a encontrar na política e na ética instrumentos a moderar, a impor limites ao modo de vida grego (à comunidade política) e à individualidade, respectivamente. O ideário político-ético aristotélico brotou dos desafios incontornáveis de uma pólis grega declinante, com suas adstringências ingênitas, de apoucadas forças produtivas. Assim, foi levado, historicamente, a responder ao grande desafio de seu tempo: recompor, a partir de certa exeqüibilidade, o equilíbrio citadino perdido por décadas de guerras internas e externas. De modo que, política e ética foram compreendidas como mecanismos reguladores a dirimir conflitos e tensões em momento singular da vida pública grega, a saber, em uma pólis prestes a perder sua autonomia política para Filipe e Alexandre. Em síntese, visava, portanto, intermediar relações, limitar e equilibrar a comunidade e o indivíduo que dela participava, pois, do contrário, a ausência de limites acabaria (como de fato ocorreu) impondo a dissolução da vida in communitas.a política no pensamento maduro de Aristóteles, tendo por eixo central o exame de três obras capitais: Ética Nicomaquéia, A Constituição de Atenas e Política. Estabelecer, portanto, os nexos e laços históricos que uniram e animaram o pensamento político do estagirita, relacionando-os à realidade ateniense do século do IV a.C que influenciou, sobremaneira, a démarche ideológica do filósofo em tela. Trata-se de apontar os elos que motivaram concretamente o autor a encontrar na política e na ética instrumentos a moderar, a impor limites ao modo de vida grego (à comunidade política) e à individualidade, respectivamente. O ideário político-ético aristotélico brotou dos desafios incontornáveis de uma pólis grega declinante, com suas adstringências ingênitas, de apoucadas forças produtivas. Assim, foi levado, historicamente, a responder ao grande desafio de seu tempo: recompor, a partir de certa exeqüibilidade, o equilíbrio citadino perdido por décadas de guerras internas e externas. De modo que, política e ética foram compreendidas como mecanismos reguladores a dirimir conflitos e tensões em momento singular da vida pública grega, a saber, em uma pólis prestes a perder sua autonomia política para Filipe e Alexandre. Em síntese, visava, portanto, intermediar relações, limitar e equilibrar a comunidade e o indivíduo que dela participava, pois, do contrário, a ausência de limites acabaria (como de fato ocorreu) impondo a dissolução da vida in communitas.

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