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ATIVIDADE
Desenvolva um texto, ou uma redação em que mostre como o pensamento dos filósofos abaixo relacionados buscaram a verdade e o conhecimento, refletindo a verdadeira realidade, enxergando por trás das aparências, pela lógica e razão.
A busca da verdade Objetivo: O conhecimento humano é um assunto que transcende gerações e sempre causa grande reflexão, motivo de estudos, análises, debates e discussões. Desde a história da filosofia, por exemplo, os pré-socráticos já apresentavam grande interesse em descobrir mais sobre a sua própria natureza, fator esse que acabava como um grande desafio devido às constantes mudanças de comportamento e costume dos homens. É a busca para o conhecimento verdadeiro. Mas como encontrar a verdade? Este será o nosso desafio. Você está recebendo um material para estudar e desenvolver o senso crítico dentro do ato de conhecer e buscar a verdade. A filosofia reflete com base nos problemas do seu tempo, por isso mesmo as concepções sobre o conhecimento e a verdade mudam e se refinam.
MATERIAL DE APOIO A filosofia pré-socrática: acreditavam na existência de um princípio que dá origem e sentido ao mundo e que pode ser conhecido por nós por meio da teoria. Heráclito: tudo muda – devir (vir-a-ser). O ser é múltiplo e se constitui na relação de oposição interna (harmonia dos contrários). Parmênides: a imobilidade do ser. O ser é único, imutável, infinito e imóvel. Distinguia entre o mundo sensível e o mundo inteligível. A filosofia socrática (clássica): investigava as condições humanas da vida social, moral e política. Os sofistas: sábios itinerantes que cobravam por seus ensinamentos; elaboraram o ideal teórico da democracia; buscavam aperfeiçoar os instrumentos da razão (a coerência lógica e o rigor da argumentação) e iniciavam os jovens na arte da retórica. Para eles o logos não é mais divino, mas decorre do exercício técnico da razão a quem cabe confrontar as diversas concepções possíveis de verdade. Sócrates: costumava conversar com todos; seu método de diálogo tinha duas fases a ironia (fase destrutiva dos conceitos) e a maiêutica (fase construtiva dos conceitos); buscava a elaboração conceitual das ideias como bem, justiça, coragem, virtude, etc. privilegiava as questões morais. Platão: livro VII e A República – “Alegoria (mito) da caverna. ” Dois sentidos básicos: político (o papel do filósofo no governo da cidade) e o epistemológico (a questão do conhecimento). Teoria dos dois mundos: mundo sensível e o mundo inteligível. Dialética ascendente (do sensível ao inteligível). Teoria da reminiscência: conhecimento como lembrança. Sentidos são ocasião para despertar as lembranças da alma. Aristóteles: elaboração dos princípios gerais da lógica e dos conceitos que explicassem o ser em geral. Metafísica: alma como a forma, o ato, a perfeição de um corpo; os sentidos são a origem do conhecimento e os conceitos são obtidos por meio da abstração; a verdade consiste na adequação do conceito à coisa real; busca as causas mais distantes dos sentidos. A ciência: conhecimento pelas causas. Substância: essência (aquilo que não pode faltar ao ser, senão ele não é) e acidente (aquilo que pode o ser ter ou não ter, sem deixar de ser o que é). Matéria (aquilo de que algo seja feito) e Forma (aquilo que faz com que uma coisa seja o que é). Potência (capacidade de tornar-se alguma coisa) e Ato (é a essência da coisa tal como é aqui e agora). A teoria das quatro causas: o movimento é a tendência que todo ser tem de realizar a sua forma própria. Causa material (aquilo de que a coisa é feita), Causa Eficiente (dá impulso ao movimento), Causa Formal (aquilo que a coisa tende a ser) e Causa Final (aquilo para o qual a coisa é feita). Deus: primeiro moto imóvel, o ato puro. Princípio da causalidade (tudo o que se move é necessariamente movido por outro). É necessário admitir uma primeira causa, por sua vez incausada, um ser necessário (e não contingente). O ATO DE CONHECER –Tradicionalmente costuma-se definir conhecimento como o modo pelo qual o sujeito se apropria do objeto usando os sentidos e a inteligência. Podemos distinguir o ato e o produto do conhecimento. O ato do conhecimento diz respeito à relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido. O objeto é algo fora da mente, mas é também a própria mente quando tem consciência de nossos afetos, desejos e ideias. O produto do conhecimento é o que resulta do ato de conhecer, ou seja, o conjunto de saberes acumulados e recebidos pela cultura, bem como os saberes que cada um de nós acrescenta à tradição: as crenças, os valores, as ciências, as religiões, as técnicas, as artes, a filosofia.
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FILOSOFIA
EPISTEMOLOGIA OU TEORIA DO CONHECIMENTO EM PLATÃO
EPISTEMOLOGIA OU TEORIA DO CONHECIMENTO EM PLATÃO
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Na época que Platão viveu (séc. IV a. C.), era muito comum a concepção de que o homem conhece a partir dos seus sentidos. No entanto, para muitos sábios da época, o conhecimento não só começava como também não poderia ir além da sensibilidade. É notável neste período a máxima protagoriana: “o homem é a medida de todas as coisas”. Isso equivale dizer que cada ser está tão somente encerrado em suas representações subjetivas que ou era impossível uma verdade absoluta (mas uma particular, de cada um) ou que era impossível qualquer conhecimento.
Esse modo de pensar devém da filosofia de Heráclito para quem tudo está em movimento. Ora, se questiona Platão, se tudo está em movimento, no momento mesmo em que se determina algo, este já mudou, já se transformou e, com isso, o conhecimento torna-se impossível! Da mesma forma, se só existem verdades subjetivas, particulares ou relativas, a própria Ideia de verdade não existe absolutamente, o que também impossibilita o erro, portanto, o conhecimento.
Para superar essa noção de realidade transitória, Platão precisa mostrar como nossos sentidos são capazes de nos enganar e que, por isso, devemos procurar em outro lugar o fundamento do conhecer. Este “lugar” é a alma.
Platão pensa que é a inteligência que garante a estabilidade dos seres sensíveis. Isso quer dizer que a transitoriedade evidenciada nas coisas sensíveis não podem dar razão de si e por si mesmas. Daí é preciso buscar compreender que todo conhecimento provem do raciocínio que alcança a forma dos objetos, forma esta que guarda consigo mesma uma identidade atemporal e indestrutível.
O homem deve, pois, buscar ascender do mundo sensível ao inteligível para ter um real conhecimento dos seres. Deve, antes de mais nada, abandonar suas pré-concepções, seus pré-juízos, seus pontos de vistas destorcidos pelas opiniões irrefletidas e, a partir disso, começar a escala rumo às Ideias.
Ideia, segundo Platão, é um principio inteligível, que não sofre geração nem corrupção, sendo, portanto, fundamento do conhecimento das coisas. Todavia, o homem somente consegue alcançar as ideias pela sua razão, pelo pensamento reflexivo que ao abstrair todas as particularidades físicas dos objetos estudados, consegue intuir a forma determinante de cada ser, conferindo-lhe estabilidade e permitindo ser conhecido. As Ideias são puramente espirituais, não contendo materialidade alguma, nem contato com o mundo sensível. Na verdade, este tem o seu modo de ser, de existir somente por participar das ideias do mundo inteligível. O inteligível transcende o sensível e o determina.
Dessa forma, já nascemos com os princípios inteligíveis que nos permitiriam conhecer o mundo sensível. Cabe ao homem não deixar se fascinar pelas sensações e sim subordiná-las à inteligência a fim de realmente conhecer verdade dos seres e de si mesmo, dedicando sua vida à formação do espírito.
Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP