Urgente #Literatura brasileiraLeia:Manifesto Pau-Brasil(1924)A poesia Pau-Brasil.Ágil e cândida.N atural e neológica.A contribuição milionária de todos os erros.Como somos.Só não se invetou uma máquina de fazer versos- já havia o poeta parnasiano.Oswald de Andrade1) Aspecto formativo do primeiro adjetivo do texto ?2) "Os dois primeiros períodos são equivalentes quanto ao número de orações?Julgue3)A que erros se refere o segundo período?4) Classifique o SE do último período.5)A referência aos parnesianos constitui-se em exemplo ou elogio? Justifique
Soluções para a tarefa
O manifesto foi desenvolvido pelo autor em tom de paródia e de festa, algo como uma prosa poética pautada por aforismos, naquilo que se chamava nas vanguardas da época de linguagem telegráfica, por influxo do futurismo e do cubismo. Oswald expressa nele o desejo de que o Brasil passe a ser cultura de exportação, como foi a árvore pau-brasil. Defende também que a sua poesia seja um produto cultural que não deva nada à cultura europeia e que possa, inclusive, vir a influenciá-la.
O autor busca um fazer poético original e espontâneo, embora cite algumas diretrizes para a construção de um poema Pau-Brasil, como a síntese e o "desvio linguístico" , por exemplo. Antagoniza com as formas de arte da época no Brasil, as quais ainda estavam completamente dominadas pelo espírito da imitação, propondo uma poesia revolucionária, embora não se esteja falando aqui em revoluções políticas, como pode parecer a quem leu o (posterior) Manifesto Antropófago, este sim, mais próximo do Surrealismo engajado de André Breton. Pode-se considerar este manifesto como a manifestação de uma vanguarda tropicalista, ou primitivista.
Com relação à forma do manifesto, pode-se dividi-lo em três momentos ou movimentos, se considerarmos o poema como algo vivo: o primeiro vai até o quarto verso; o segundo do quinto ao décimo verso e o terceiro finaliza o poema.
Na primeira parte, o autor descreve o espaço presente, como as plantações de café e o sol escaldante dos trópicos. Mantendo o tom de festa, a paisagem é descrita de forma a passar a noção de movimento, como se esta estivesse de fato viva: o orvalho reluz o café-ouro, torrefações são armadas ao sol, passarinhos assoviam de calor.
O segundo momento brada a chegada de cruzados, que são os novos bandeirantes em busca do ouro plantado. Nesse sentido, evoca-se o tempo antigo em que os reais cruzados existiam. Recorda também os bandeirantes, os portugueses senhores das fazendas de engenho. Como a crítica está intrínseca à personalidade de Oswald de Andrade e, possível dizer, à de todos os modernistas, o autor diz que esses senhores plantavam fazendas como sementes, entretanto criavam filhos nas senhoras e nas escravas. O terceiro e último momento justapõe o passado e o presente. Segundo ele, as raízes coloniais vingam os frutos da burguesia nascente. É um contraste, não de espacialidades, mas de tempos.
Pode-se dizer que o poema é organizado em unidades e referências históricas. Recupera o passado, explica o presente e preparar o futuro. Pode simplesmente ser um “eu-lírico” que vê tudo de cima, como uma câmera que abre o ângulo.
Deu um pouco de trabalho mas espero ter ajudado