História, perguntado por Usuário anônimo, 1 ano atrás

URGENTE:como era a vida dos trabalhadores nos seringais , conhecidos como soldados da borracha? 30 PTS

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Respondido por rafaeladacruzcorrea
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eles eram levados para o norte com o intuito de seres soldados mas na verdade trabalhavam em seringais muitos morriam por que o tratamento era muito precario adoenciam e moriiam
Respondido por Usuário anônimo
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Resposta:

"Todas as garantias anunciadas eram inexistentes. A falta de pagamento e a fiscalização desleixada do governo viraram regra. O resultado foi um tratamento desumano a esses soldados que ajudaram garantir a vitória dos Aliados durante a guerra mais sangrenta da história. “Os soldados da borracha voltaram a viver em um sistema feudal e escravocrata”, pontua Wolney Oliveira, pesquisador do assunto e autor do projeto do livro Soldados da Borracha – Os Heróis Esquecidos, lançado no ano passado. A maioria dos soldados era formada por nordestinos, que tinham sofrido com períodos de seca nos anos anteriores.

“Mas também havia gente de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Muitos presos que estavam nas cadeias dessas regiões foram transformados em ‘soldados da borracha’. O resultado dessa política foi um dos maiores genocídios que o Brasil já fez”, ressalta Oliveira.

Campanha

Para atrair as pessoas até lá o governo adotou uma campanha de recrutamento que tomou conta principalmente do Nordeste brasileiro. “Trabalhador nordestino, alista-te hoje mesmo, cumpre o teu dever para com a pátria”, estava escrito na capa de uma cartilha divulgada para atrair os trabalhadores. Cartazes repletos de palavras fortes e otimistas davam a ilusão de que regressariam da floresta amazônica ricos.

Porém, a realidade era completamente outra. Os soldados da borracha já chegavam aos seringais devendo aos donos da terra. Desde o transporte até o alimento era cobrado. O “sistema de aviamento” mantinha o trabalhador preso por meio de uma dívida interminável, que crescia dia após dia.

Tudo que se recebia no seringal era cobrado. Mantimentos, ferramentas, tigelas, roupas, armas, munição, remédios, tudo enfim era anotado na sua conta corrente e o preço era cinco vezes maior que o normal. No fim da safra, a produção de borracha de cada seringueiro era abatida da dívida. Mas o valor de sua produção era, quase sempre, considerado inferior à quantia devida.

“Os ‘coronéis’ faziam a lei deles. Havia capangas que faziam emboscadas para matar os soldados que teriam ‘quitado’ a dívida. Assim, o dinheiro voltava aos coronéis”, relata Oliveira.

Injustiça

Após longa luta judicial, A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou em 2014 chamada PEC dos Seringueiros que prevê pagamento em parcela única de R$ 25 mil aos soldados da borracha. O texto, no entanto, não altera o valor da pensão vitalícia paga aos soldados da borracha, fixada pela Constituição em dois salários mínimos. A categoria lutava para ter salário equiparado aos pracinhas que foram à Europa. Além disso, há um procedimento na Organização das Nações Unidas para apurar a violação aos direitos humanos neste episódio. Atualmente, cerca de 5,8 mil recrutados continuam vivos.

Recém-chegados

Os recém-chegados à região recebiam alcunhas pejorativas. Eram chamados de ‘brabos’ (aqueles que ainda não sabiam cortar seringa) ou de ‘caga-navio’, por enfrentarem infecções intestinais intensas provocadas pela má alimentação servida no trajeto até os seringais."

Explicação:

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