(URGENTE)
Atividade: No caderno de arte, copie as questões abaixo e responda:
1) Após estudar o conceito de movimento na arte e observando a imagem da obra O sono de Tarsila do Amaral, escreva onde se encontra a impressão de movimento na imagem e de qual tipo é.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Um coqueiro estilizado no alto, do lado esquerdo, representa a flora
brasileira e um arco tensionado nos limites do quadro leva a crer existência de
um lago. Vê-se, suspenso estranhamente sobre este lago, elementos orgânicos
sem muita definição. Uma espécie de árvore destorcida, lembrando também
vértebras como numa alucinação, se repete infinitamente onde por baixo passa
um canal de água turva propagando-se na direção do primeiro plano do
quadro, onde os símbolos parecem precipitar-se. Aqui observamos, mais uma
vez, uma relação possível entre o corpo (humano) e o corpo (da natureza). Aideia de sono dá-se pela ocorrência de elementos aparentemente desconexos.
Para Amaral,
já se referiram vários autores ao caráter sonhador de Tarsila, tranquila,
como desligada das coisas reais. Mas, paralelamente à magia da terra, (...)
duas telas em particular, O Sono (c. 1928) e Cidade (1929) [P113], nos
remetem diretamente à pintura exposta ou projetada pelo subconsciente.
Sobre o primeiro, a artista nos diria, quando por nós indagada, que desejou
registrar um estado de ânimo no limite entre a consciência e sua perda, no
processo de adormecer, imagem que projeta mediante formas amebóides
que se sucedem ritmicamente ad infinitum perante uma meia-elipse, figura
que surge com certa frequência, base de várias de suas composições nesse
final de década (como em A Lua [P100], Urutu [P107], O Touro [P106],
Floresta [P114], por exemplo). (AMARAL, 1997, p. 30).
As paisagens de 1928 caracterizam o período onde as obras passam a
ter uma aparência monumental, ao mesmo tempo em que a projeção do
inconsciente se revela mais intensa e o dado real permanece apenas como
referência, como em nos trabalhos O Lago, de 1928 [Fig. 43], que se aproxima
do fantástico. Apesar dessa aproximação, O Lago faz uma referência a sua
fase anterior principalmente pela paleta de cores. Nele, a pintura antropofágica
de Tarsila é marcada por silêncio noturno - 'a noite chega mansinho' - e vigília
erótica - 'a insônia da selva' - como essa hora é em Cobra Norato, origem
primeira do modernismo antropofágico". (HERKENHOFF, 2005, p. 90).
A estrutura paisagística da obra é muito parecida com a do século XVI,
exemplo da pintura de paisagem de Frans Post, Rio São Francisco de 1638
[Fig.44]. Provavelmente baseado na praia de Botafogo no Rio de Janeiro, onde
é fácil identificar pelos morros e uma figuração abstrativa o Pão de Açúcar. O
Céu azul, da mesma cor do lago e dos morros do segundo plano da paisagem,
plantas estilizadas, morros verdes coqueiros e palmeira de fundo.