URGENTE
1/Leia o excerto a seguir:
“Não é de hoje que filósofos, estetas, críticos e historiadores vêm procurando conceituar a Literatura dum modo convincente e conclusivo. Contudo, por mais esforços de clarividência que tenham sido feitos, o problema continua aberto, pelo simples fato de que, nesse particular, somente podemos falar em conceito, nunca em definição. Esta, pertence ao campo das Ciências, e corresponde ao enunciado das características dum objeto, material ou imaterial [...] Quanto ao conceito, diz respeito ao caráter acidental ou particular dum objeto, e decorre de impressões mais ou menos subjetivas de cada um. Assim, quando dizemos “belo é o que agrada”, estamos tentando conceituar o Belo duma forma que procura inutilmente ser universal e essencial. Basta uma análise superficial do enunciado para que ele se revele incapaz de satisfazer a toda a gente. Tudo que agrade é belo? O que desagrada não pode ser belo? E quando um mesmo objeto agrada a uma pessoa e desagrada a outra?”. (MOISÉS, 1973, p.19, grifo do autor)
MOISÉS, Massaud. A criação literária: introdução à problemática da literatura. São Paulo: Melhoramentos, 1973.
Atente-se para as afirmações a seguir:
I. A literatura pode ser explicada através de definições claras e relativamente estáveis.
II. A teoria, diferentemente da literatura, depende de uma definição mais genérica e menos rígida.
III. Tanto literatura quanto teoria possuem características genéricas e dependem de conceitos.
IV. Tentar definir literatura e teoria é o mesmo que ignorar sua capacidade de adaptação histórica.
V. Conceito e definição se distinguem, sendo o primeiro mais vago e o segundo mais científico e empírico.
Tendo lido o texto e as afirmações, escolha a alternativa que apresenta os itens considerados corretos:
Alternativas:
I, II e III.
II, III e IV.
I, III e V.
I, III e IV.
III, IV e V.
3)Leia o excerto a seguir:
O conceito de ‘língua’ apresenta conteúdos variáveis em função das teorias e dos sistemas de oposição terminológico-conceituais em que é utilizado.
No pensamento de Ferdinand de Saussure, matriz a que se torna, indispensável remontar neste domínio, o conceito de ‘língua’ define-se, por um lado, em relação ao conceito de ‘linguagem’ e, por outra banda, em relação ao conceito de ‘fala’. A linguagem é uma faculdade universal, uma potencialidade existente em cada indivíduo, ao passo que a língua é uma instituição, isto é, um produto social condicionado histórica e geograficamente, «um conjunto de convenções necessárias, adoptadas pelo corpo social para permitir o exercício daquela faculdade nos indivíduos». A língua é de natureza supre-individual e contratual: constitui um «código social», um «sistema de sinais», um «modelo colectivo», um «depósito» ou um «tesouro» de formas existente (sic) em todos os indivíduos pertencentes à mesma comunidade linguística. A fala, pelo contrário, é de natureza individual, sendo constituída pelas combinações através das quais o sujeito falante, exercitando a sua inteligência e a sua vontade, utiliza o código da língua, «a fim de exprimir o seu pensamento pessoal»”. (SILVA, 1996, p.144 – 146, grifos do autor)
Tendo lido o texto, assinale a alternativa correta:
Alternativas:
De acordo com o autor, a linguagem é universal, a língua e a fala são sociais. As três constituem processos da produção literária, crítica e teórica.
De acordo com o autor, a linguagem é universal, a língua e a fala são de uso individual. As três constituem processos da produção literária, crítica e teórica.
De acordo com o autor, a linguagem é universal, a língua é individual e a fala é social. As três constituem processos da produção literária e teórica.
De acordo com o autor, a linguagem e a língua são universais enquanto a fala é individual. As três constituem processos da interpretação literária.
De acordo com o autor, a linguagem é universal, a língua é social e a fala é individual. As três constituem processos da produção literária, crítica e teórica.
4)Sobre as relações entre literatura e música, podemos afirmar que:
Alternativas:
O período chamado Trovadorismo foi que uniu poesia e música, possibilitado pelo desenvolvimento das cantigas.
A aproximação entre letra de música e poesia se dá no Brasil a partir da criação da Bossa Nova e da chegada do rap.
As preocupações com as diferenças entre a cultura erudita e a cultura oral perpassam a história da lírica, quando se reflete as origens da palavra cantada e da palavra escrita.
Essa é uma preocupação atual, advinda da Era Digital que possibilitou a união entre textos diferentes: os hipertextos.
A discussão entre uma cultura popular (cantada) e uma cultura erudita (escrita) distancia o tema de uma reflexão sobre identidade nacional.
Soluções para a tarefa
1- A alternativa que traz a resposta correta sobre a literatura seus conceitos e significados é a LETRA C "Ao tratarmos da ideia de literatura podemos falar em objetividade, nunca em subjetividade".
Na literatura conseguimos perceber que apesar de trabalharem com o subjetivo em alguns gêneros, todos os textos tem uma função e uma finalidade, que deve ser completada após a leitura, por isso a literatura sem,pre sera objetiva.
3- Segundo as ideias do autor Ferdinand Saussare sobre linguagem, a alternativa correta é a LETRA A.
A linguagem para Ferdinand era universal pois o índividuo nasce com a capacidade de se comunicar e vai se aprimorando. Esse aprimoramento ocorre de acordo com a sociedade em que se encontra e gera a língua e a fala, que são ferramentas de construção social, adaptadas pela sociedade.
4- Segundo a relação da literatura com a música as alternativas são: VERDADEIRA, FALSA, VERDADEIRA, VERDADEIRA.
i- A alternativa é verdadeira, pois o trovadorismo ficou conhecido pelas obras de cantigas que uniam literatura e música.
II- Falso, pois antes da Bossa Nova, autores como Mário de Andrade já escreviam suas cantigas.
III- Verdadeira, podemos dizer que a preocupação com as diferenças eruditas e líricas passaram, pelo que vemos hoje em respeito a liberdade poética como direito.
IV- Verdadeira, a alternativa nos mostra uma verdade a respeito dessas discussões pois ambas produções constroem a identidade nacional, e quando as duas brigam por destaque, quem perde é a identidade nacional.