[URGENTE]
1- Agora, reflita sobre os discursos e responda:
a) Em que contexto os discursos foram pronunciados ?
b) Que forças políticas estão representadas nos dois discursos ?
c) Podemos dizer que os presidentes fazem acusações mútuas ao regime de oposição? Destaque dos discursos os trechos que comprovam sua resposta.
d) No discurso do presidente Truman, a que bloco político ele se refere quando fala de “uma minoria, imposta pela força a uma maioria” ?
e- Em relação ao discurso de J. Stalin, qual era, segundo ele, a principal característica da orientação política defendida pelos Estados Unidos e Inglaterra?

2- A partir esquema e dos textos, organize seu conhecimento.
Produza um texto que explique: Como ficou o mundo após a Segunda Guerra? O que era a bipolaridade? Que ideologias estavam presentes no mundo polarizado? Que políticas os blocos opostos utilizaram para alcançar seus objetivos?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Em sala de aula, o professor pode muito bem expor esse traço ambíguo de Getúlio Vargas promovendo um rico trabalho com dois discursos feitos por ele mesmo. Sem dúvida, a observação dos alunos ao discurso varguista pode operar de forma significativa no reconhecimento e debate das questões daquele tempo. Visando facilitar a percepção das mudanças assumidas por Vargas, sugerimos o trabalho com discursos realizados nos anos de 1937 e 1950.
Antes de adentrar no conteúdo do texto, explore junto aos alunos a situação política vivida no país. O ano de 1937 foi marcado pela realização que dava origem ao Estado Novo, período em que Vargas comandava o país na condição de ditador. Já em 1950, houve a realização de eleições democráticas. Em tal pleito, Vargas concorreu ao posto presidencial através da ampla participação popular.
Dada essa primeira ambientação, realize a leitura do texto com os integrantes da turma. Seguem os textos:
Em 1937, Vargas dizia que:
“(...) não se oferecia outra alternativa além da que foi tomada, instaurando-se um regime forte, de paz, de justiça e de trabalho. Quando os meios de governo não correspondem mais às condições de existência de um povo, não há outra solução senão mudá-los, estabelecendo outros moldes de ação.”
(Reproduzido de FENELON, Dea (org.). 50 textos de História do Brasil. São Paulo: Hucitec, 1974, p. 159.)
Em 1950, por outro lado, Vargas, ainda candidato à presidência, proclamava que:
“(...) a criação de novos hábitos políticos, reclamada insistentemente pela opinião pública, dar-se-á pela presença efetiva do povo no trato e na solução dos problemas nacionais. (...) Somos uma Nação de economia ainda onerada por condições semicoloniais, em que a riqueza de possibilidades naturais contrasta com a pobreza do homem.”
(Citado por D’ARAÚJO, Maria Celina Soares. O Segundo Governo Vargas, 1951–1954. 2a ed., São Paulo: Ática, 1992, p. 84.)
No primeiro texto, questione os alunos sobre qual foi a “alternativa tomada” por Vargas naquele instante. Destacando a consolidação do Estado Novo, questione quais foram as justificativas oferecidas pelo presidente para que as liberdades democráticas fossem repentinamente interrompidas. Encerrada tal análise, busque questionar sobre os “outros moldes de ação” que marcam o Estado Novo, salientando o controle dos sindicatos, o fim dos partidos, a censura, a perseguição policial e a exploração da propaganda oficial.
Sob esse aspecto, o professor pode mostrar aos alunos que a transformação do cenário político não se desenvolveria por meio de um debate político. A transformação se fazia necessária pela ação particular do estadista que discursava naquele momento. A ausência de palavras de ordem que abrissem caminho para a inserção do interesse popular tem um peso muito significativo. Afinal, um texto também revela suas vozes pelos silêncios que ele fabrica.
Tomadas essas considerações, vemos que a entonação de Vargas se formula de maneira completamente diferente quando diz que os hábitos políticos daquele novo período seguiam os anseios da “opinião pública”. De tal modo, a posição anteriormente favorável a um governo que decide pelo povo, se transforma radicalmente no elogio de um novo cenário político moldado pelo povo. Impossível não delinear a profunda diferença entre os Vargas de 1937 e 1950.
Além de poder assim revelar um dos mais instigantes traços da política populista, o professor pode reforçar a importância que esse exercício interpretativo fomenta na atualidade. Retomando a responsabilidade social e política inerente ao exercício democrático, podemos ver que a observação da carreira política e dos discursos de um candidato podem ter peso fundamental para a escolha do mesmo.
Explicação:
Resposta:
Em sala de aula, o professor pode muito bem expor esse traço ambíguo de Getúlio Vargas promovendo um rico trabalho com dois discursos feitos por ele mesmo. Sem dúvida, a observação dos alunos ao discurso varguista pode operar de forma significativa no reconhecimento e debate das questões daquele tempo. Visando facilitar a percepção das mudanças assumidas por Vargas, sugerimos o trabalho com discursos realizados nos anos de 1937 e 1950.
Antes de adentrar no conteúdo do texto, explore junto aos alunos a situação política vivida no país. O ano de 1937 foi marcado pela realização que dava origem ao Estado Novo, período em que Vargas comandava o país na condição de ditador. Já em 1950, houve a realização de eleições democráticas. Em tal pleito, Vargas concorreu ao posto presidencial através da ampla participação popular.
Dada essa primeira ambientação, realize a leitura do texto com os integrantes da turma. Seguem os textos:
Em 1937, Vargas dizia que:
“(...) não se oferecia outra alternativa além da que foi tomada, instaurando-se um regime forte, de paz, de justiça e de trabalho. Quando os meios de governo não correspondem mais às condições de existência de um povo, não há outra solução senão mudá-los, estabelecendo outros moldes de ação.”
Em 1950, por outro lado, Vargas, ainda candidato à presidência, proclamava que:
“(...) a criação de novos hábitos políticos, reclamada insistentemente pela opinião pública, dar-se-á pela presença efetiva do povo no trato e na solução dos problemas nacionais. (...) Somos uma Nação de economia ainda onerada por condições semicoloniais, em que a riqueza de possibilidades naturais contrasta com a pobreza do homem.”
(Citado por D’ARAÚJO, Maria Celina Soares. O Segundo Governo Vargas, 1951–1954. 2a ed., São Paulo: Ática, 1992, p. 84.)
No primeiro texto, questione os alunos sobre qual foi a “alternativa tomada” por Vargas naquele instante. Destacando a consolidação do Estado Novo, questione quais foram as justificativas oferecidas pelo presidente para que as liberdades democráticas fossem repentinamente interrompidas. Encerrada tal análise, busque questionar sobre os “outros moldes de ação” que marcam o Estado Novo, salientando o controle dos sindicatos, o fim dos partidos, a censura, a perseguição policial e a exploração da propaganda oficial.
Sob esse aspecto, o professor pode mostrar aos alunos que a transformação do cenário político não se desenvolveria por meio de um debate político. A transformação se fazia necessária pela ação particular do estadista que discursava naquele momento. A ausência de palavras de ordem que abrissem caminho para a inserção do interesse popular tem um peso muito significativo. Afinal, um texto também revela suas vozes pelos silêncios que ele fabrica.