(Unicamp-SP) Leia o soneto abaixo, de Luís de Camões:
Cá nesta Babilônia, donde mana
matéria o quanto mal o mundo cria;
cá donde o puro Amor não tem valia,
que a Mãe, que manda mais, tudo profana;
cá, onde o mal se afina e o bem se dana,
e pode mais que a honra a tirania;
cá, onde a errada é cega Monarquia
cuida que um nome vão a desengana;
cá, neste labirinto, onde a nobreza,
com esforço e saber pedindo vão
às portas da cobiça e da vileza;
cá neste escuro caos de confusão,
cumprindo o curso estou na natureza.
Vê se me esquecerei de ti, Sião!
a) Uma oposição espacial configura o tema e o significado desse poema de Camões. Identifique essa oposição, indicando o seu significado para o conjunto dos versos.
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b) Identifique nos tercetos duas expressões que c
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a) Há uma clara oposição entre “Babilônia” e “Sião”. O primeiro espaço se configura como corrupto vil, impuro (é onde se encontra o eu lírico – “cá”), enquanto “Sião”, por oposição, atende às aspirações positivas do eu lírico, embora esteja distante de lá.
b) Trata-se das expressões “neste labirinto” (verso 9) e “escuro caos de confusão” (verso 12).
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