(Unesp-SP) Leia o trecho do ensaio "A transitoriedade", de Sigmund Freud (1856-1939), para responder a esta questão. Algum tempo atrás, fiz um passeio por uma rica paisagem num dia de verão, em companhia de um poeta jovem, mas já famoso. O poeta admirava a beleza do cenário que nos rodeava, porém não se alegrava com ela. Era incomodado pelo pensamento de que toda aquela beleza estava condenada à extinção, pois desapareceria no inverno, e assim também toda a beleza humana e tudo de belo e nobre que os homens criaram ou poderiam criar. Tudo o mais que, de outro modo, ele teria amado e admirado, lhe parecia despojado de valor pela transitoriedade que era o destino de tudo. Sabemos que tal preocupação com a fragilidade do que é belo e perfeito pode dar origem a duas diferentes tendências na psique. Uma conduz ao doloroso cansaço do mundo mostrado pelo jovem poeta; a outra, à rebelião contra o fato constatado. Não, não é possível que todas essas maravilhas da natureza e da arte, do nosso mundo de sentimentos e do mundo lá fora, venham realmente a se desfazer. Seria uma insensatez e uma blasfêmia acreditar nisso. Essas coisas têm de poder subsistir de alguma forma, subtraídas às influências destruidoras. Ocorre que essa exigência de imortalidade é tão claramente um produto de nossos desejos que não pode reivindicar valor de realidade. Também o que é doloroso pode ser verdadeiro. Eu não pude me decidir a refutar a transitoriedade universal, nem obter uma exceção para o belo e o perfeito. Mas contestei a visão do poeta pessimista, de que a transitoriedade do belo implica sua desvalorização. Pelo contrário, significa maior valorização! Valor de transitoriedade é valor de raridade no tempo. A limitação da possibilidade da fruição aumenta a sua preciosidade. É incompreensível, afirmei, que a ideia da transitoriedade do belo deva perturbar a alegria que ele nos proporciona. Quanto à beleza da natureza, ela sempre volta depois que é destruída pelo inverno, e esse retorno bem pode ser considerado eterno, em relação ao noss
Soluções para a tarefa
a) Identificando os referentes dos pronomes sublinhados no primeiro e no quarto parágrafos, tem-se: O pronome “lhe”, no primeiro parágrafo, equivale a “a ele”, expressão que, no contexto, faz referência ao jovem poeta. No quarto parágrafo, o pronome “lhes” retoma “rosto” e “corpo humanos”.
A transitoriedade - Sigmund Freud
b) Reescrevendo o trecho do primeiro parágrafo na voz passiva, tem-se: "O pensamento de que toda aquela beleza estava condenada à extinção incomodava-o (ou o incomodava)."
Segue as perguntas que estão faltando no enunciado:
a) Identifique os referentes dos pronomes sublinhados no primeiro e no quarto parágrafos.
b) Reescreva o trecho “Era incomodado pelo pensamento de que toda aquela beleza estava condenada à extinção” (1o parágrafo) na voz ativa.
Saiba mais sobre voz ativa em:
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Bons estudos!