(Unesp 2012) Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma
língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser
considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um processo de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa.
Ao caracterizar a escravidão na África e a venda de escravos por africanos para europeus nos séculos XVI a XIX, o texto:
a) reconhece que a escravidão era uma instituição presente em todo o planeta e que a diferenciação entre homens livres e homens escravos era definida pelas características raciais dos indivíduos.
b) critica a interferência europeia nas disputas internas do continente africano e demonstra a rejeição do comércio escravagista pelos líderes dos reinos e aldeias então existentes na África.
c) diferencia a escravidão que havia na África da que existia na Europa ou nas colônias americanas, a partir da constatação da heterogeneidade do continente africano e dos povos que lá viviam.
d) afirma que a presença europeia na África e na América provocou profundas mudanças nas relações entre os povos nativos desses continentes e permitiu maior integração e colaboração interna.
e) considera que os únicos responsáveis pela escravização de africanos foram os próprios africanos, que aproveitaram as disputas tribais para obter ganhos financeiros.
Soluções para a tarefa
Resposta: Letra C
Explicação: De acordo com o texto, a heterogeneidade predominante na África incluía formas específicas da prática da escravidão, diferentes daquela realizada pelos europeus no Atlântico, e voltada para a América.
Ao caracterizar a escravidão na África e a venda de escravos por africanos para europeus nos séculos XVI a XIX, o texto diferencia a escravidão que havia na África da que existia na Europa ou nas colônias americanas, a partir da constatação da heterogeneidade do continente africano e dos povos que lá viviam. Letra C.
Os próprios africanos comercializavam seus conterrâneos para os europeus. Apesar da defesa do texto no argumento de que os africanos escravizados não eram considerados seus irmãos ou compatriotas, essa era a realidade vivenciada naquele momento histórico.
O sistema escravocrata começava no continente africano, sendo os escolhidos para a venda os prisioneiros de guerra, ou pessoas escolhidas a esmo pelos traficantes locais para perder sua liberdade e dignidade no trabalho forçado internacional.
As pessoas eram compradas de forma muito barata ainda em sua terra natal, porém, nas mãos dos europeus se transformavam em ouro se sobrevivessem aos navios negreiros.
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