(UNB/PAS)
William Shakespeare foi um cidadão inglês que viveu de 1564 a 1616, produto de determinada sociedade e de determinado tipo de visão e de processo de educação, produto do precário, mas fascinante, equilíbrio entre a herança medieval, a redescoberta da Antiguidade, as descobertas de novos mundos geográficos e científicos, as perplexidades religiosas da Reforma e Contrarreforma e as aberturas do humanismo, para mencionar apenas alguns dos elementos que tornavam o mundo de Shakespeare ricamente conflitivo, com fantásticas possibilidades dramáticas.
Shakespeare foi um autor popular (...) que escreveu para um público eclético, sem dúvida uma das razões de sua perene popularidade ao longo dos séculos e pelo mundo afora.
Barbara Heliodora. Falando de Shakespeare. São Paulo: Perspectiva, 1997 (com adaptações).
Otelo: — Doce alma, presta atenção. Presta atenção, que isso é perjúrio. Estás no teu leito de morte.
Desdêmona: — Sim, mas ainda não estou pronta para morrer.
Otelo: — Pois logo morrerás. Portanto, confessa e liberta-te desse teu pecado. O teu negar cada item com juramentos não fará desaparecer, tampouco sufocará, o forte propósito de que estou imbuído e que me faz assim padecer. Deves morrer.
Desdêmona: — Oh, Senhor meu Deus, tenha piedade de mim!
Otelo: — Amém.
Desdêmona: — E tenhas tu piedade também. Jamais te traí em toda a minha vida. Jamais amei Cássio com outro amor que não aquele que os céus sancionam, o único tipo de amor que eu poderia sentir por Cássio. E jamais lhe dei uma lembrança.
Otelo: — Por Deus, eu vi meu lenço na mão dele. Ah, mulher falsa! Tu apedrejas meu coração e me fazes chamar de assassinato o que tenciono fazer, que antes eu pensava ser um sacrifício. Eu vi o lenço!
Desdêmona: — Então ele o encontrou. Eu jamais o presenteei com o lenço. Manda chamá-lo aqui. Deixa que ele fale a verdade.
Willian Shakespeare. Otelo. Trad. Beatriz Viégas-Faria. Porto Alegre: L&PM, 2007.
Tendo como referência os fragmentos de texto acima e a peça Otelo, escrita por Shakespeare, provavelmente em 1604, marque V se a proposição é verdadeira e F se a proposição é falsa.
A
Infere-se do texto crítico apresentado que a autora sustenta que a obra de Shakespeare é “fascinante” e recusa a herança medieval.
Verdadeiro
Falso
B
Na peça Otelo, o ciúme predomina na relação amorosa, que culmina na cena em que Otelo mata Desdêmona, por asfixia.
Verdadeiro
Falso
C
Na Inglaterra, na época de Shakespeare, as personagens femininas, como, por exemplo, Desdêmona, eram interpretadas por homens, porque, à época do teatro elisabetano, as mulheres não atuavam como atrizes.
Verdadeiro
Falso
D
É notável a capacidade de Shakespeare de criar imagens visuais pelas palavras, o que é facilitado pelo fato de que suas peças eram apresentadas em um teatro de palco italiano.
Verdadeiro
Falso
E
No fragmento da obra Otelo, as falas do personagem demandam o sentido trágico da peça de William Shakespeare.
Verdadeiro
Falso
Soluções para a tarefa
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Resposta: F V V F V
Explicação: Conforme a correção do positivo
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4
Acredito que as alternativas na ordem com que foi escrita, são:
Falsa
Verdadeira
Verdadeira
Falsa
Verdadeira
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