Português, perguntado por antonio075, 11 meses atrás

Uma tarde Pedro Bala vai pela rua Chile, o boné desabado sobre os olhos, assoviando, enquanto arrasta os pés no chão. Uma voz exclama:
    — Bala!
    Se volta. O Gato está elegantíssimo na sua frente. Uma pérola na gravata, um anel no dedo mínimo, roupa azul, chapéu de feltro quebrado num jeito malandro:
    — É tu, Gato?
    — Vamos sair daqui.
    Entram numa rua sem movimento. Gato explica que chegou de Ilhéus há poucos dias. Que arrancou um bocado de dinheiro de lá. Está um homem e todo perfumado e elegante:
    — Quase não te conheço... — diz Pedro Bala. — E Dalva?
    — Ficou amigada com um coronel. Mas eu já tinha deixado ela. Agora tenho uma moreninha do balacobaco...
    — E aquele anelão que Sem-Pernas fazia troça?...
    Gato ri:
    — Empurrei por quinhentão num coronel cheio da nota... O bicho engoliu sem gritar...
    Conversam e riem. Gato pergunta notícia dos outros. Diz que no dia seguinte embarcará para Aracaju com a morena, pois o açúcar está dando dinheiro.


Amado, Jorge. Capitães da areia; romance. 118 ed. Rio de Janeiro: Record, 2005. p. 251.Acesso em: 09 set. 2017.


O texto, extraído do romance Capitães da areia (obra de Jorge Amado, que conta a história de um grupo de crianças abandonadas, destacando seus dramas e a dura realidade enfrentada por elas na cidade de Salvador), apresenta modalidades linguísticas distintas, cujo objetivo é

Soluções para a tarefa

Respondido por JuSF072
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...mostrar sua situação, para que entendamos melhor o contexto da história.

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